As operações de busca do avião da Malaysia Airlines que terá caído no Oceano Índico a 8 de março foram hoje retomadas numa área diferente, após novos cálculos sobre o consumo de combustível do aparelho
Após a suspensão das operações na quinta-feira por causa do mau tempo, dez aviões de seis países (Austrália, Coreia do Sul, China, Estados Unidos, Japão e Nova Zelândia) começaram hoje a explorar uma zona situada a 1.100 quilómetros a nordeste daquela que sobrevoavam há uma semana, a 2.500 quilómetros da costa australiana.
Cinco navios chineses e um australiano dirigiram-se também para a nova área de busca do Boeing 777 desaparecido a 08 de março, depois de descolar de Kuala Lumpur em direção a Pequim, com 239 pessoas a bordo.
A Agência Australiana de Segurança Marítima (AMSA), que está a coordenar as operações, anunciou hoje ao fim da tarde que cinco aviões localizaram “múltiplos objetos” na nova zona, mas que é preciso esperar por uma autorização para que os navios possam deslocar-se àquele setor no sábado.
A nova zona de buscas estende-se por 319.000 quilómetros quadrados, a cerca de 1.850 quilómetros a oeste de Perth, mais próximo de terra e fora da faixa dos ‘Roaring Forties’, nome dado pelos marinheiros às latitudes situadas entre o 40.º e o 50.º paralelos no hemisfério Sul, assim apelidados devido aos constantes ventos fortes, maioritariamente provenientes do ocidente.
Os aviões poderão agora efetuar voos de reconhecimento mais exaustivos e as condições meteorológicas deverão ser mais favoráveis.
“As novas informações de que dispomos baseiam-se na análise contínua dos dados de radar entre o mar da China meridional e o estreito de Malaca”, indicou a AMSA.
Por razões desconhecidas, o voo MH370 que partiu a 08 de março, às 00:41, da capital malaia (16:41 de 07 de março em Lisboa) com destino a Pequim desviou-se da rota e seguiu para ocidente, passando sobre a Malásia peninsular, em direção ao estreito de Malaca, momento em que os radares o perderam.
Graças aos satélites, sabe-se, pelo menos, que o aparelho continuou a voar durante várias horas para Sul, no Oceano Índico.
A Malásia anunciou oficialmente a 25 de março que o voo MH370 tinha “terminado no sul do Oceano Índico”, sem que, no entanto, qualquer elemento material confirmasse esse cenário.
Segundo a AMSA, as novas informações “indicam que o avião voava a maior velocidade do que havia sido estimado e tinha, assim, consumido bastante mais combustível, o que reduz a distância possivelmente percorrida pelo aparelho em direção ao sul, sobre o Oceano Índico.
Fonte: Açoriano Oriental
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