Agasalhe-se e prepare-se para uma noite ao relento se quiser ver a “chuva de estrelas” de Gemínidas.
“Olhei para o céu / Estava estrelado”, assim versa a canção de Natal. Mas se quiser ver estrelas, planetas e outros fenómenos deste céu de dezembro deve evitar as noites nubladas e a poluição luminosa das localidades, aconselha o Observatório Astronómico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Apesar do frio do inverno, valerá a pena umas horas no exterior para ver a “chuva de estrelas” a partir da constelação de Gémeos.
Reserve a noite de dia 13 de dezembro e aproveite para ver a chuva de meteoros das Gemínidas. Quando a Terra cruzar a órbita do asteroide Faetonte, entre quatro e 17 de dezembro, os meteoroides libertados por este corpo celeste, que tem uma cauda como se fosse um cometa, poderão ser vistos no céu como se saíssem da constelação de Gémeos (daí o nome que lhes é dado).
As Gemínidas parecem sair da constelação de Gémeos (ilustração)
@ Andreia Reisinho Costa
Como este ano não é possível ver o pico das Gemínidas, com 120 meteoros por hora, porque acontece às 12h de dia 14, o melhor é estar atento às duas da manhã quando o radiante (ponto onde parece surgir a chuva de estrelas) estiver mais alto no céu. Como o céu estará pouco iluminado pela Lua em quarto minguante, “o espetáculo promete cativar até ao nascer do Sol”, refere o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
A partir de dia 17, e até dia 26, a chuva de estrelas será causada pelos restos deixados pelo cometa Tuttle, que passou pela última vez na Terra no final de 2007 início de 2008. Os meteoros tomam o nome de Úrsidas porque parecem sair da constelação da Ursa Menor e o seu pico será dia 22 pelas 20h. Mas com um pico muito menos expressivo do que o das Gemínidas com apenas cinco a 10 meteoros por hora. Porém, “temos a lua a nosso favor, será Lua Nova nessa noite, criando condições favoráveis de observação”, diz o OAL. “Só nos resta esperar boas condições meteorológicas.”
@ Andreia Reisinho Costa
Durante o mês de dezembro Marte e Júpiter serão visíveis a olho nu, mas convém ter o horizonte desimpedido. Marte, com o tom avermelhado que ajuda na identificação, estará visível na constelação de Capricórnio, próximo do horizonte a sudoeste. A sudeste aparece Saturno, como a estrela da manhã, mas estará tão perto do horizonte que será difícil de ver. Mais fácil de identificar será Júpiter na constelação de Leão graças ao brilho que apresenta. Este planeta nasce a este e no final da madrugada estará mais a sul. Porém, se quiser ver Úrano na constelação de Peixes ou Neptuno na constelação de Aquário terá de usar um telescópio.
Fonte: Observador
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