Órbita do objeto espacial trá-lo para junto do planeta azul a cada três anos. Consequências do impacto seriam devastadoras.
Um cientista russo localizou um asteroide, até agora desconhecido, que passa junto da Terra a cada três anos. Vladimir Lipunov, professor na Universidade Estatal de Moscovo, assegura que o asteróide '2014 UR116' não traz riscos imediatos ao planeta, mas avisa que, num caso de eventual colisão com a Terra, poderá provocar uma explosão mil vezes maior do que aquela que aconteceu em 2013, quando um asteroide do tamanho de um autocarro aterrou na cidade russa de Chelyabinsk. O impacto provocou inúmeras explosões e danificou edifícios num raio de vários quilómetros.
Segundo o especialista, a rota de objetos espaciais como este é difícil de calcular, uma vez que a sua trajetória se altera constantemente em função da força gravitacional dos planetas. Esta é a prova, defende Lipunov, do pouco que o Homem sabe sobre os asteroides com potencial destrutivo. "Temos de sinalizar em permanência este asteroide porque o mais pequeno erro nos cálculos pode ter consequências graves", avisa o cientista.
Segundo o diário britânico Telegraph, dos cerca de 100 mil objetos que se cruzam com a órbita da Terra, apenas 11 mil foram, até ao momento, catalogados e sinalizados.
Sobre o '2014 UR116', a NASA emitiu um comunicado: "Este asteroide de aproximadamente 400 metros tem um período orbital de três anos à volta do sol e regressa periodicamente à vizinhança da terra, mas não representa uma ameaça porque a sua trajetória não passa suficientemente perto da órbita do planeta".
A notícia surge numa altura em que cientistas de todo o mundo se uniram num aviso em relação aos asteroides, considerando que estes podem ser o princípio do fim da Humanidade a não ser que se intensifiquem os esforços para os localizar e destruir, pedindo a criação de um sistema de deteção de asteroides.
Ainda que este tipo de mecanismo já exista, estudos recentes indicam que até os objetos espaciais com menos de 50 metros são suficientemente grandes para causarem impactos devastadores. "A NASA fez um trabalho muito bom a localizar os objetos maiores, aqueles que seriam capazes de acabar com os humanos", refere Ed Lu, um astronauta que já esteve três vezes na Estação Espacial Internacional. "Mas são aqueles com potencial para destruir uma cidade ou atingir a economia nos próximos 200 anos que são o problema", sublinha.
Fonte: DN
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