Quarenta e cinco anos depois da alunagem dos astronautas norte-americanos, "a Lua ainda tem muito para nos contar", diz um cientista britânico.
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla inglesa) tem planos de explorar a superfície da Lua, mas a única estratégia que está atualmente disponível é a de se juntar à agência espacial russa. Numa reunião na semana passada, os responsáveis europeus não se mostraram adversos a esta colaboração.
Apesar das tensões políticas crescentes entre a Rússia e o Ocidente, os cientistas da ESA revelaram no dia 2 de dezembro, numa reunião com os ministros da ciência dos países europeus, as suas intenções de participar em missões de exploração lunar em conjunto com a agência espacial russa, a Roscosmos.
"A Lua ainda tem muito para nos contar", disse à revista Nature o cientista Ian Crawford, da Universidade de Londres, que sublinha que o ideal seria a Europa poder fazer as suas próprias missões lunares, mas, chamou à colaboração com a Rússia "um plano B muito bem-vindo".
A proposta deste grupo de cientistas é que a ESA participe no projeto Luna 27 da Roscosmos, uma sonda a ser lançada em 2019 para estudar o polo sul da Lua, e para o Lunar Sample Return, que está planeado para o princípio da década de 2020.
A ESA pretende conseguir uma boa posição estratégica no campo das missões lunares, para que a sua experiência e tecnologia estejam envolvidas no futuro da exploração lunar, incluindo mesmo, um dia, missões tripuladas ou uma base lunar permanente.
Os fundos para a participação na missão russa serão parte de 800 milhões de euros que o estados membros da ESA contribuíram para dedicar à exploração espacial internacional. A maior parte desses 800 milhões irão para a Estação Espacial Internacional e para financiar e desenvolver um módulo de propulsão para a cápsula Orion, que a NASA lançou pela primeira vez na semana passada.
Nunca um país ou agência da Europa enviaram uma missão à superfície da Lua, nem nunca nenhum rover nem astronauta foi ao polo sul da Lua, onde se crê que haverá gelo.
Fonte: DN
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