A estação espacial russa, MIR, esteve em funcionamento até 2001 Fotografia © NASA |
As tensões entre Rússia e ocidente chegaram ao espaço: russos querem construir a sua própria estação espacial e deixar projeto da Estação Espacial Internacional.
A agência espacial russa, a Roscosmos, está a ponderar construir a sua própria estação espacial. Segundo a Reuters, a RIA, agência de notícias da Rússia, avançou esta segunda-feira uma declaração do responsável pela Roscosmos, Oleg Ostapenko, que confirma esta hipótese acrescentando que se trata de uma "possível direção de desenvolvimento" perante as tensões cada vez maiores entre a Rússia e a comunidade internacional, em grande parte resultado do conflito na Ucrânia.
Uma estação espacial exclusivamente russa viria rivalizar com a Estação Espacial Internacional, um laboratório que orbita em torno da terra e cujo projeto envolve 15 países de todo o mundo, Rússia e Estados Unidos da América incluídos.
Para Oleg Ostapenko, a estação russa seria crucial para as missões à lua que já foram projetadas pelo país. Mas em nenhum momento o responsável fala sobre como iria a Rússia financiar um projeto destas dimensões, sobretudo quando se espera que o país entre em recessão no próximo ano, devido às sanções económicas aplicadas pelo ocidente decorrentes da atuação de Putin na crise ucraniana.
Washington, por seu lado, pretende manter a Estação Espacial Internacional, - um projeto de 100 mil milhões de dólares - em funcionamento até 2024, quatro anos para lá do período inicialmente estipulado. Mas um representante do governo russo já dissera, em maio passado, que Moscovo rejeita o pedido dos EUA para prolongar as operações.
A estação espacial russa MIR, que foi lançada pela então União Soviética em 1986, operou até 2001. Mas o presidente Vladimir Putin parece agora empenhado em devolver à indústria espacial russa o prestígio perdido nos últimos anos, após cortes de orçamento e a perda de inúmeros cientistas e investigadores que deixaram a Rússia procurando melhores condições noutros países.
Fonte: DN
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