quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Onde estava há um mês? O seu telefone sabe


Ele, o telefone, sabe tudo (ou quase): que páginas visitamos, o que compramos ou pesquisamos na internet e até por onde andamos. 

Experimente perguntar ao seu telemóvel por onde tem andado. Pode ficar surpreendido com a resposta. Os smartphones guardam, por predefinição, mais informação sobre nós do que aquela que imaginamos. Sossegue: é possível impedi-los. Esta quarta-feira é o Dia Europeu de Protecção de Dados.

Com um smartphone, podemos saber como vai estar o tempo, estar a par das últimas notícias ou procurar um restaurante ou uma loja nos arredores. Mas o mesmo aparelho ajuda as grandes empresas tecnológicas a construir uma base de dados preciosa sobre nós. 

Ele, o telefone, sabe tudo (ou quase): que páginas visitamos, o que compramos ou pesquisamos na internet e até por onde andamos. 

Pode fazer o teste. Se tiver um smartphone com sistema Android, experimente a página onde a Google apresenta um mapa com os locais por onde andou nos últimos tempos, com as respectivas horas e dias. 

O Google guarda um histórico dos lugares por onde andou

Também os utilizadores do iPhone podem ver estes dados com os mesmos detalhes. Nos telefones mais recentes, em "Definições de Privacidade” encontramos a opção "Locais Frequentes". Está lá o historial dos lugares onde fomos com o telemóvel. 

Vendas e influência 
"Todos os grandes grupos de informação têm uma informação de praticamente toda a nossa vida", explica Carlos Martins, autor do blogue de tecnologia abertoatedemadrugada.com

Depois de recolhidos, os dados são utilizados para "milhares de técnicas" de venda e de influência, diz o especialista. 

Estes dados podem ser usados, por exemplo, "para saber se andamos a visitar sites concorrentes e apresentar preços mais apelativos, ou, pelo contrário, ver se andamos muito interessados num produto e começar a subir o preço dele para nos tentar influenciar mais". Isto acontece, por exemplo, com os sites de viagens, afirma.

Toda esta informação não tem de ser obrigatoriamente prejudicial para o consumidor, argumenta o especialista em tecnologia. 

"Tanto pode ser um risco como pode ser visto como uma vantagem. Já tenho tido conhecimento de casos de pessoas que usam o seu histórico do mapa do Google para saber onde estiveram em determinada data, por exemplo, quando recebem uma multa". 


Fonte: RR

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