'Triops vicentinus’ é um fóssil vivo do tempo dos dinossauros.
Os charcos temporários de água doce da Costa Vicentina escondem uma espécie de crustáceo única no Mundo.
O camarão girino tem o nome científico de ‘triops vicentinus’ e é considerado um fóssil vivo jurássico, dado que a sua existência remonta ao tempo dos dinossauros, há cerca de 200 milhões de anos.
Margarida Machado e Margarida Cristo, investigadoras da Universidade do Algarve, foram coautoras da descoberta desta espécie em 2010, em conjunto com um cientista alemão, que fez o estudo genético.
Agora, percorrem os charcos onde existe este crustáceo para fazerem, periodicamente, o estudo das populações.
"O ‘triops vicentinus’ está confinado ao concelho de Vila do Bispo e encontramos esporadicamente em charcos em Tunes, Paderne e Faro.
Não existe em mais lado nenhum do Mundo", explicou Margarida Machado, durante uma ação de campo, que o CM acompanhou. No total, a espécie habita em 20 charcos temporários.
A colega, Margarida Cristo, explica que este crustáceo "tem uma existência conhecida em fósseis desde o tempo dos dinossauros".
A resistência ao tempo deve-se à sua estratégia de vida: os seus ovos (cistos) podem permanecer no solo seco durante muito tempo, eclodindo com o aparecimento da água.
Este crustáceo pode atingir os 7 centímetros e a cauda pode medir o mesmo tamanho. As larvas de insetos são um dos seus alimentos, contribuindo assim para controlar a proliferação de mosquitos.
"É fundamental preservar os charcos para preservar esta espécie", alerta Margarida Cristo. É esse o objetivo do projeto LIFE Charcos, desenvolvido pela Liga para a Proteção da Natureza (LPN), em parceria com as universidades do Algarve e de Évora.
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