O sobrinho do padre Joaquim Carreira e Tzipora Rimon, embaixadora de Israel,
na entrega da a medalha e do certificado de "Justo entre as Nações
"Fotografia © Diana Quintela / Global Imagens
O DN conta a história do padre Joaquim Carreira, o português que a embaixada de Israel e a Comunidade Israelita de Lisboa consideraram, esta semana, "Justo entre as Nações"
"Se eu não conhecesse tantos moleiros nos arredores de Roma, os meus hóspedes teriam passado muita fome!", afirmava o padre Joaquim Carreira quando recordava os duros tempos que se vivia na capital italiana aquando da II Guerra Mundial. Os "hóspedes" a que se referia o padre Carreira mais não eram do que as pessoas que ele acolhia no Colégio Pontifício Português, onde era reitor, salvando-as assim da morte às mãos dos nazis que ocupavam então a capital italiana.
A notícia da coragem de Joaquim Carreira, que sabia estar a colocar a sua vida em perigo ao dar refúgio a pessoas que eram perseguidas pelos nazis, chegou aos nossos dias pela mão do jornalista e especialista em temática do Vaticano António Marujo e valeu ao padre Carreira ser considerado, a título póstumo, "Justo entre as Nações" pelo Yad Vashem (Museu do Holocausto) de Jerusalém. Isto porque, entre as dezenas de pessoas que o padre acolheu no colégio estavam judeus: três pessoas da mesma família.
No passado dia 15, quando Israel recorda os "Mártires e Heróis do Holocausto", a embaixada de Israel e a Comunidade Israelita de Lisboa realizaram na Sinagoga uma cerimónia para recordar as vítimas do Holocausto e, em simultâneo, entregar à família do padre Joaquim Carreira a medalha e o certificado de honra "Justo entre as Nações" atribuídos pelo Yad Vashem.
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