quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Encontrado sapo que se julgava extinto há 150 anos


Os sapos encontrados vivem em poças de água que se formam em buracos das árvores, o que pode explicar como não foram encontrados antes

Uma espécie de sapo que se pensava extinta há 150 anos foi encontrada na Índia. A última vez que um exemplar deste de sapo de árvore foi visto no seu habitat natural foi em 1870, o que levou os cientistas a acreditarem que fazia parte da lista de animais extintos. Mas esta semana o biólogo indiano Sathyabhama Das Biju publicou um artigo em que descreve como encontrou estes animais com a sua equipa por acaso.

A expedição para identificar espécies anfíbias nas florestas remotas do nordeste da Índia começou em 2007, mas apenas agora, oito anos depois, foi confirmado que alguns dos sapos faziam parte de uma espécie que se julgava desaparecida.

O biólogo indiano confessou que foi o chamamento noturno do animal que o levou a investigar a sua genética. "Ouvimos uma orquestra musical que vinha do topo das árvores. Foi mágico", contou ao The Guardian, "Claro que tínhamos de investigar".

Após analisar a genética dos animais, características físicas e comportamentais, segundo a revista ScienceNews, a equipa do biólogo concluiu que alguns dos sapos são da mesma família que os sapos encontrados pelo biólogo britânico Thomas Jerdon, em 1876, mas que fazem parte de um género novo, o Frankixalusjerdonii.

Os sapos encontrados vivem e reproduzem-se em poças de água que se formam em buracos das árvores, o que pode explicar por que não foram encontrados antes. Os girinos alimentam-se dos ovos das mães.

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"É uma descoberta emocionante mas não significa que estes sapos estejam a salvo", explicou o biólogo, que acrescentou que espera que a descoberta alerte para o perigo do crescimento desenfreado. Algumas das florestas onde a equipa encontrou os sapos em 2007 já tinham sido destruídas em 2014, para dar lugar a urbanizações e terrenos agrícolas.

Os sapos são muito sensíveis à poluição, às alterações climáticas e à qualidade da água, o que os coloca em constante risco. Das mais de sete mil espécies de anfíbios conhecidas nos dias de hoje, 32% estão em risco de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.

Fonte: DN

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