O desaparecimento do Boeing 777 de Malaysia Airlines, há dois anos, depois de ter descolado de Kuala Lumpur com destino a Pequim, com 239 pessoas a bordo, ainda é um mistério.
"Até à data, os destroços do MH370 ainda não foram descobertos, apesar das contínuas buscas no sul do Oceano Índico", refere um comunicado da equipa internacional de investigação, que não faculta novas pistas sobre o que aconteceu ao avião, que desapareceu faz esta terça-feira dois anos.
"O desaparecimento do MH370 não tem precedentes e a sua busca tem sido um dos maiores desafios da história da aviação. Equipas de busca trabalham sem descanso numa das zonas mais inóspitas do mundo", afirmou o primeiro-ministro malaio, Najib Razak.
Uma operação liderada pela Austrália, em que também participa a Malásia e a China, prevê terminar, em junho, o rastreio de uma área de 120 mil quilómetros quadrados numa zona remota do Índico, estando por analisar neste momento, cerca de 30 mil quilómetros quadrados.
O aparecimento, no ano passado, de um fragmento na ilha francesa de Reunião figura como o único vestígio confirmado do avião descoberto até ao momento.
Esta segunda-feira, as autoridades aeronáuticas de Moçambiqueentregaram, em Maputo, a um grupo de peritos malaios uma peça encontrada no sul do país que pode pertencer ao avião da Malaysia Airlines.
Queixa contra a Boeing
A família de um passageiro do avião apresentou uma ação judicial contra a Boeing, naquele que se acredita ser o primeiro processo nos EUA relativo ao caso a visar a empresa. A ação foi interposta, na semana passada, em Chicago, onde fica a sede da Boeing, em nome de um passageiro do MH370 e cidadão norte-americano Philip Wood.
Na ação alega-se que o Boeing 777 operado pela Malaysia Airlines era defeituoso, pedindo-se que o tribunal determine uma indemnização, de acordo com uma cópia da queixa, citada pela agência AFP.
O processo contra a Boeing refere que o desaparecimento do avião deve-se em parte à falta de "tecnologias alternativas razoáveis já disponíveis que teriam permitido que a localização precisa do avião da Boeing fosse monitorizada em tempo real em qualquer lugar do planeta".
Também refere que o fracasso em encontrar o local onde a aeronave se despenhou indica que a Boeing equipou as caixas negras com transmissores de sinais "ineficazes".
"A conclusão razoável que se pode retirar de todas as provas disponíveis é a de que o desaparecimento do voo MH370 foi resultado de um ou mais defeitos no fabrico ou conceção do avião da Boeing", refere a queixa.
Dois anos é o prazo final para a apresentação de processos na justiça contra a companhia aérea e nos últimos dias deram entrada mais de 100 ações em tribunais nos Estados Unidos, Malásia, China ou Austrália.
Fonte: JN
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