Esta pode parecer apenas uma rocha, porém é muito mais do que isso: armazena emissões de carbono e pode finalmente dar-nos uma forma de reverter um pouco o que fizemos ao nosso clima.
Um novo estudo na revista Science detalha o procedimento seguido por uma equipa da Universidade de Southampton (Reino Unido) para transformar emissões de carbono em rochas.
A equipe retirou CO2 da atmosfera, dissolveu o gás na água, e selou-o num poço subterrâneo na Islândia com rochas basálticas. Ao longo de dois anos, a solução de carbono reagiu com o basalto, cristalizando-se em rochas.
Este método tem algumas vantagens óbvias. Estudos anteriores de captura de carbono procuraram maneiras de retirar emissões da atmosfera e armazená-las como um gás ou líquido. O problema, no entanto, é que eles são instáveis e propensos a fugas. Este problema é amenizado ao guardá-los na forma de um sólido.
Existem também alguns limites bastante claros para o que a técnica pode fazer, pelo menos por enquanto. Os pesquisadores usaram um único poço profundo na Islândia, que tem bastante actividade vulcânica ao redor. A alta percentagem de basalto na rocha (até 90% em alguns lugares) foi essencial para a técnica. Para replicá-la, teriam que usar áreas similares numa escala muito maior.
Mas os pesquisadores estão optimistas de que poderiam encontrar áreas semelhantes. «O basalto é um dos tipos de rocha mais comuns na Terra, fornecendo potencialmente uma das maiores capacidades de armazenamento de CO2», diz Juerg Matter, autor do estudo, em comunicado.
A pesquisa, que foi financiada pelo Departamento de Energia dos EUA, faz parte de um esforço maior da agência para analisar formas de captura e sequestro de toneladas de CO2 que o mundo está a lançar para a atmosfera.
Fonte: DD
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