O Telescópio Espacial Hubble ofereceu novas medições altamente precisas da distância entre dezanove galáxias distantes, e o universo parece estar a expandir-se mais rápido do que pensávamos – muito mais rápido.
Os números indicam que a taxa de expansão do nosso universo – a chamada «constante de Hubble» – é de aproximadamente 73,2 quilómetros por segundo por megaparsec. (Um megaparsec é igual a 3,26 milhões de anos-luz, ou cerca de 3×10^19 km.)
A nova constante de Hubble é de 5% a 9% maior do que as estimativas anteriores. Pode não parecer muito, mas em se tratando do destino de todo o universo, isso constitui uma grande discrepância.
Isso significa que o espaço está a expandir-se com rapidez suficiente para basicamente dobrar a distância entre a nossa galáxia e os nossos vizinhos mais próximos num período de 10 mil milhões de anos.
A descoberta, que será detalhada na próxima edição do Astrophysical Journal, apresenta um problema para os cosmólogos, porque não coincide com as taxas de expansão estimadas a partir das sobras energéticas do Big Bang.
Duas missões – a Sonda Wilkinson de Anisotropia de Micro-ondas, da NASA; e o satélite Planck, da Agência Espacial Europeia – produziram constantes do Hubble menores examinando o «brilho» da megaexplosão que deu origem ao nosso universo.
A discrepância ainda precisa de ser verificada independentemente. Mas caso se mantenha, isso implica que existem processos físicos subjacentes a dividir o espaço que ainda não consideramos totalmente.
Isso não é tão surpreendente quando se considera que cerca de 95% do nosso universo é feito de energia escura, matéria escura e radiação escura – não emitem luz e ainda são um mistério.
Alternativamente, isso poderia significar que a teoria da relatividade de Einstein está incompleta – isso também é meio compreensível, dado que o físico escreveu as leis da existência aos vinte e poucos anos sem o auxílio de um computador.
De qualquer maneira, este é um lembrete interessante que o próprio tecido da realidade está a ser moldado e esticado por forças que mal podemos compreender. Um dia, essas forças irão garantir que todos os nossos átomos estejam dispersos por biliões de anos-luz pelo espaço.
Fonte: DD
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