O meteoro que há 65 milhões de anos acabou com a era dos dinossauros na Terra, caiu na cidade península de Yucatán, no México, e deixou registos do fenómeno no Brasil, em Pernambuco. A paleontóloga Alcina Barreto falou com exclusividade à Sputnik Brasil e comentou sobre os segredos desse importante evento na história da Terra.
A paleontóloga Alcina Barreto, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), conversou com a Sputnik Brasil e explicou a natureza do registo do meteoro em terras brasileiras.
De acordo com ela, "não há fragmentos do impacto, o que há são evidências do impacto do meteoro que caiu".
"Evidências do tipo geoquímicas, evidências mineralógicas, evidências nas estruturas dos estados fragmentários, mas que se depositaram nessa época. Não é que um fragmento desse meteoro tenha sido conservado aqui", disse a especialista.
Na ocasião, os fragmentos do meteoro teriam sido lançados na atmosfera e caído em diversas partes da Terra. A professora Alcina Barreto explicou que essas evidências são encontradas em diversas partes do mundo hoje em rochas sedimentares depositadas nessa época.
Os resquícios do megatsunami causado pelo impacto do asteroide chegaram ao Nordeste brasileiro e ficam localizados no geossítio Mina da Poty.
A paleontóloga explica que "um geossítio é uma área geográfica em que ficou registado algum evento importante da história da Terra e que precisa ser conservado, preservado, estudado, compreendido e mantido para que as gerações futuras também tenham essa informação".
"Nós temos aqui exposições de rocha que mostram muito bem esse momento do impacto do meteoro. E ele está localizado no município de Paulista, aqui em Pernambuco. Essa exposição aparece numa mineração de calcários. E é a melhor exposição de diferentes períodos geológicos que marcam não só os períodos, mas que marcam eras geológicas diferentes", destacou.
"Essas exposições de rocha aqui em Pernambuco são conhecidas com uma das melhores exposições da América do Sul desse registo desse fenómeno que aconteceu na história da Terra e que fica registado nas rochas", acrescenta Alcina Barreto.
A paleontóloga também informou que o geossítio Mina da Poty será aberto para a visitas do público a partir de novembro.
Ler mais AQUI
Sem comentários:
Enviar um comentário