O vento solar causado pela série de erupções que aconteceram nos últimos dias alcançou o nosso planeta, "queimando" seu campo magnético. Por esta razão, as pessoas que vivam perto dos pólos poderão observar os efeitos deste impacto espacial, na forma de auroras, na noite de 9 para 10 de setembro.
Trata-se de milhões de toneladas de vento solar que viajam centenas de quilómetros em um fluxo poderoso em direcção da Terra.
"A matéria solar alcançou uma velocidade 1,5 vezes superior ao que se esperava e o impacto na Terra é mais potente do que calculávamos. A direcção desta última erupção é desfavorável para o nosso planeta: seu campo está oposto ao terrestre e nesses momentos 'queimará' o campo magnético da Terra", revela o Laboratório de Astronomia do Sol, do Instituto Físico Lebedev da Academia de Ciências da Rússia.
A série de erupções no Sol começou em 4 de setembro. Primeiro, aconteceram erupções da classe M, de 4 a 5 pontos de potência. Depois, em 6 de setembro, ocorreu uma erupção da classe X, de 2,2 pontos, e no mesmo dia foi registada outra extremamente forte, de intensidade 9,3.
De acordo com os astrónomos, o Sol produziu a maior erupção dos últimos 12 anos.
Ao mesmo tempo, os cientistas destacam que, para além destes fenómenos atmosféricos impressionantes, a recente erupção pode provocar uma forte tempestade geomagnética, capaz de interromper o funcionamento de satélites, embora não deva afectar a saúde dos habitantes da Terra.
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