22 de Novembro de 1974 pelas 18.30 horas – Ilha da Madeira
"É o mundo que vai acabar !" – E gente de muitas povoações das zonas rurais da Madeira começou a juntar-se em torno das igrejas, pedindo a confissão e o amparo divino.
Verdadeiro pânico se estabeleceu entre as 18.30 e as 19.20 horas. O denso céu madeirense várias vezes se encheu de vivíssimos e inexplicáveis clarões que saíam do mar.
Toda a ilha viu, mas nas zonas citadinas, mais iluminadas e com populações mais esclarecidas, o facto não teve o impacte que obteve nas gentes rurais, muito menos evoluídas.
Puxaram-se dos rosários para o peito, acenderam-se lamparinas, os filhos agarram-se às mães.
Não se sabe o que foi.
Apenas se sabe, porque milhares de pessoas viram, que do mar, de sítio distante, intensos fogachos luminosos corriam para o céu até desaparecerem lentamente a grande altitude.
Houve cenas indescritíveis de pânico, com frequentes desmaios. Ao jornal Diário de Noticias, do Funchal, chegaram diversas descrições.
Referimos duas «Do mar erguia-se um raio azul com outro paralelo de menor comprimento, e surgia uma bola gigantesca de fogo que, entretanto, tinha esteira e sugeria um cometa.
Depois, em apoteose, verificou-se o ampliar do anel inicial que tomava proporções indescritíveis, calculando-se o diâmetro da circunferência em milhares de quilómetros.»
Outra : «Sugeria-nos uma lua cheia que se fosse expandido para nunca mais acabar e sobre nós viesse cair. Com esses crescendo de intensidade nem por isso o gigantesco disco perdia a sua luminosidade, que ora parecia amarelada para logo se transformar em vermelhão, numa amálgama de tons.
Imagine-se uma peça pirotécnica que surge no negrume da noite a abrir-se em bouquet. Era isso ampliado milhões de vezes.
Entretanto, soube-se que os factos foram igualmente vistos em Porto Santo.
Fonte: Os ovni na época contemporânea» de B. Sánchez Bueno
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