Quatro planetas no sistema TRAPPIST-1, que fazem parte dos análogos mais próximos da Terra, na verdade, são mais parecidos com o satélite de Júpiter, Io, ou Vénus, porque os vulcões de suas superfícies estão praticamente todo o tempo em estado de erupção.
A conclusão foi publicada na revista Nature Astronomy. "Os planetas no sistema TRAPPIST-1 giram em torno do anão vermelho da classe M – estrela com um campo magnético forte e rotação veloz. Presumimos que tal campo magnético poderia derreter uma colher na superfície destes planetas. Depois, percebemos que o mesmo pode acontecer dentro deles, porque as profundezas conduzem a corrente", disse Cristina Kislyakova da Universidade de Viena, Áustria, citada pela edição Newsweek.
Em maio do ano passado, cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts descobriram um sistema de estrelas inabitual nos arredores da Terra — TRAPPIST-1. Todos os planetas que giram ao redor do anão vermelho estariam dentro da "zona de vida", ou seja, onde pode existir água em estado líquido e têm a massa parecida com a da Terra.
Posteriormente, foi revelado que o sistema possui sete planetas quase iguais à Terra com clima parecido. Vale destacar que a rotação de todos os planetas é sincronizada uma com as outras.
A interacção gravitacional dos planetas que gera tal sincronização tem um efeito colateral – aquecimento de suas profundezas e aumento absurdo da temperatura interna e na superfície dos corpos celestes.
As forças do campo magnético da estrela TRAPPIST-1 em alguns casos é suficiente para derreter por completo os primeiros quatro planetas do sistema e os transformar em mundos vulcânicos parecidos com o satélite de Júpiter Io, onde erupções vulcânicas estão sempre activas.
Os planetas TRAPPIST-1c e TRAPPIST-1d vão sofrer mais do que os outros e de facto podem se tornar mundos vulcânicos. Os planetas f e g que hoje em dia são considerados "sósias da Terra" não serão afectados pelo processo nos próximos cinco biliões de anos de existência por estarem localizados longe da estrela.
Mas isso não significa que a vida é possível nos planetas longínquos – o nascimento de vida pode ser impossível devido ao campo magnético muito forte e vento solar do anão vermelho que podem "arrancar" a atmosfera desses planetas e torná-los inabitáveis dentro de vários milhões de anos após a sua formação.
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