O super porta-aviões USS Carl Vinson, da marinha dos EUA, e a sua frota de escolta. Ao fundo, o USS Shiloh |
A tripulação de um dos mais importantes navios de guerra norte americano afirma que se sente como numa “prisão flutuante”, devido ao ambiente opressor em que os comandantes os mantêm.
Os marines que servem num dos mais importantes navios de guerra da Sétima Frota da Marina dos Estados Unidos estão desmoralizados e temem ter que derrubar algum míssil nortecoreano por não estarem preparados, segundo revela a revista “Navy Times“.
Um relatório baseado num questionário anónimo realizado entre os membros da tripulação do cruzador norte-americano USS Shiloh revelou que os marines dessa embarcação estão esgotados, desesperados e alguns inclusivamente pensam no suicídio, devido ao ambiente opressor em que os seus comandantes os mantêm.
É uma “prisão flutuante“. “Agora odeio o meu navio de guerra. Não confiamos no comandante”, são alguns dos comentários trocados entre os marines, revela o relatório, segundo o qual o comandante do USS Shiloh é muito temido pelos marines, já que se um deles comete um pequeno erro “é castigado vários dias e alimentado a pão e água”.
Os marines estão sobrecarregados e geralmente mal treinados, enquanto que alguns trabalhos de recuperação vitais para o navio se mantêm por fazer. “É só uma questão de tempo até que aconteça alguma coisa horrível. Parece uma competição para ver o que afunda primeiro: o barco ou a tripulação“, queixam-se os marines.
O Shiloh é uma embarcação vital na defesa de mísseis balísticos dos EUA e da sétima Frota no Pacífico Ocidental, cuja missão é deter a Coreia do Norte e contrariar os navios militares chineses e russos.
“Eu simplesmente rezo para que nunca tenhamos que derrubar um míssil da Coreia do Norte, porque a nossa ineficiência ficará exposta“, disse um dos soldados.
Os problemas na marinha dos EUA chamaram a atenção do Pentágono depois de dois contratorpedeiros da Sétima Frota terem recentemente colidido com embarcações comerciais, em dois incidentes independentes nas quais faleceram 17 soldados americanos.
ZAP // Navy Times
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