De acordo com um novo estudo conduzido pela NASA que será publicado no novo número da revista Earth and Planetary Science Letters, há 3500 anos a Lua contava com uma atmosfera transitória formada a partir das erupções de vulcões.
Hoje em dia, a superfície do nosso satélite apresenta uma atmosfera estável e de pouca densidade, contudo, aquela que foi formada a partir de vulcões era muito mais substancial, com uma pressão superficial 1,5 vezes maior que a de Marte actual, quer dizer, era de um 1% da densidade atmosférica da Terra, explica a revista New Scientist. Aquele tipo de atmosfera da Lua persistiu por 70 milhões de anos antes de ter desaparecido no espaço.
Nem sempre esteve morta
Actualmente, a Lua é considerada como uma "rocha" incapaz de gerar qualquer actividade vulcânica, contudo, biliões de anos atrás, sua erupção mais potente podia libertar até 10 biliões de toneladas de gás, além de quilómetros de lava, estima o estudo. Aquela série de erupções teve lugar há 3800 e 3500 anos, quando o "coração" da Lua ainda estava quente.
"Este estudo muda dramaticamente a forma como nos acostumamos a ver a Lua: de ser um corpo rochoso sem ar, até um que esteve coberto com uma atmosfera mais dominante que aquela que rodeia Marte hoje", cita a Associação de Universidades de Investigação Espacial o co-autor do estudo, David Kring.
Esta descoberta foi possível graças às amostras recolhidas durante as missões Apollo 15 e Apollo 17 em 1971 e 1972, respectivamente. Os cientistas detectaram nas amostras os componentes de vários gases, tais como monóxido de carbono e enxofre.
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