Foto da face visível do Sol captada pela NASA a 13 de novembro de 2017 |
O número de manchas do Sol – considerado o principal indicador do nível de atividade solar – está, segundo dizem os cientistas, a “diminuir rapidamente para zero”. E esta segunda-feira, a sua face visível apresentou-se mesmo sem nenhuma das suas características manchas.
Segundo revelaram investigadores do LRAS, o Laboratório de Astronomia de Raio X do Sol da Academia das Ciências de Rússia, a face visível do Sol apresentou-se esta segunda-feira “sem qualquer mancha solar“.
“É difícil dizer se há manchas na face oculta do Sol, mas, de acordo com as fotos de há duas semanas atrás, quando essa face se encontrava de frente para a Terra, não havia também qualquer registo de manchas”, diz o laboratório.
A nossa estrela “está muito perto de se tornar um “objeto ideal, sem qualquer defeito“, como era imaginada antes do século XVII”, acrescentam os astrónomos do LRAS.
A quantidade de manchas solares permitiu aos astrónomos, nos últimos 270 anos, a medição dos ciclos solares. Uma vez em cada 11 anos, o número de manchas atinge o seu ponto máximo, nos momentos em que o campo magnético do Sol atinge a sua intensidade máxima.
Entre estes picos – ora amplificados ora enfraquecidos – o número de manchas também atinge o seu nível mais baixo, o chamado mínimo solar. Durante 200 anos, a natureza destes picos era desconhecida. Em meados do século XX, os cientistas descobriram que o campo magnético do Sol muda periodicamente.
Disco visível do Sol fotografado pelo Laboratório de Astronomia de Raio X do Sol da Academia das Ciências de Rússia a 13 de novembro de 2017
De acordo com as previsões dos cientistas russos, a nossa estrela irá atingir o próximo mínimo solar entre o final de 2018 e a primeira metade de 2019. Nesta primeira fase, vão desaparecer as manchas e as emissões de matéria solar.
“Mas esta segunda-feira, até parece que isso já aconteceu“, dizem os astrónomos.
Na coroa solar, as regiões de plasma quente desaparecem e a radiação de raio X do Sol, por elas produzida, cai para quase zero. As manchas solares restantes são extremamente simples e, embora estejam visualmente presentes, não são capazes de aquecer o plasma.
Na fase seguinte, as manchas desaparecem quase por completo, embora ainda estejam visíveis se as regiões do campo magnético forem aumentadas. Finalmente, no ponto mínimo, a energia magnética solar desaparece completamente.
Este desaparecimento resulta num Sol quase perfeito, simétrico e sem singularidades. Quando as primeiras manchas reaparecem, o novo ciclo de 11 anos inicia-se.
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