Investigadores usarão os maiores telescópios para observar o primeiro cometa a vir de fora do Sistema Solar.
Cientistas estão observando o primeiro asteroide interestelar, chamado Oumuamua (Primeiro mensageiro, em havaiano), desde sua descoberta em outubro. A partir da quarta-feira (13), uma equipe de astrónomos o estudará em busca de sinais que possam ser associados a formas de comunicação de uma vida inteligente extraterrestre, informou o portal The Atlantic.
Avi Loeb, professor de astronomia da Universidade de Harvard, entrou em contacto com o bilionário russo Yuri Milner, o financiador do Breakthrough Listen, um ambicioso projecto científico para busca de vida extraterrestre em outras galáxias. O académico pediu permissão para usar um dos maiores telescópios do mundo, situado na Virgínia Ocidental (EUA), para observar o Oumuamua, considerado o primeiro cometa a vir de fora do Sistema Solar, em busca de sinais de rádio alienígenas.
Desta forma, Breakthrough Listen anunciou num comunicado que o telescópio do Green Bank estudará o objecto interestelar a partir de quarta-feira. Espera-se que a primeira fase de observações dure dez horas e sintonize quatro bandas de transmissão de rádio diferentes.
"É provável que seja de origem natural, mas dado que é tão peculiar, gostaríamos de provar se mostra algum sinal de origem artificial, como emissões de rádio", disse Loeb, que também é consultor do projecto Breakthrough Listen. "Se detectarmos um sinal que pareça ter uma origem artificial, saberemos imediatamente."
Além disso, Loeb sublinhou que "caso a maioria dos objectos interestelares sejam naturais, ainda poderia haver um em um milhão que seja especial". Portanto, o investigador concluiu: "Devemos verificar todos e cada um deles."
De acordo com Andrew Siemion, director do SETI Research Center da Universidade da Califórnia em Berkeley, a presença de Oumuamua dentro do nosso Sistema Solar permite que Breakthrough Listen “alcance sensibilidades sem precedentes a possíveis transmissores artificiais”.
Milner, por sua vez, opina que sua equipe de investigadores deve se aproveitar da oportunidade para estudar Oumuamua antes que ele desapareça para sempre. O asteroide passará pela órbita de Júpiter no próximo ano e estará mais longe do que Plutão em 2020.
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