Um ambicioso projecto científico, do qual participa Stephen Hawking, buscou sinais electromagnéticos dentro do corpo celeste que não poderiam ser produzidos pela natureza.
Um novo estudo da Universidade da Rainha de Belfast (Irlanda do Norte, Reino Unido), que lidera a pesquisa internacional sobre Oumuamua, o primeiro asteroide interestelar que entrou no nosso Sistema Solar, trouxe novas consequências. Os seus resultados mostram que pode tratar-se na realidade de uma nave extraterrestre.
O estudo, publicado na segunda-feira (18) na revista Nature Astronomy, sugere que Oumuamua ("primeiro mensageiro" em havaiano) está coberto com uma crosta especial que lhe permite suportar temperaturas acima de 300°C. Assim, sua "capa isolante", rica em matéria orgânica após milhões de anos de exposição a "raios cósmicos", lhe permite reflectir a luz do Sol.
O professor Alan Fitzsimmons, que comanda a pesquisa, destacou que esta camada teria protegido sua parte interior gelada de ser vaporizado pelos raios solares, similar a de um cometa, ou seja, rico em gelo e água. Além disso, ele sublinhou que a superfície deste corpo celeste —rochoso e de tom avermelhado, que tem forma de agulha ou cigarro- é muito parecido com as dos pequenos corpos celestes que "habitam" nas regiões exteriores do nosso Sistema Solar, "coberto de gelo rico em carbono, cuja estrutura se modifica pela exposição aos raios cósmicos ".
Ao mesmo tempo, Michele Bannister, co-autora da pesquisa, qualifica como "fascinante" o facto de que Oumuamua é muito parecido com os "mundos menores" do nosso próprio Sistema Solar. "Isso sugere que a forma como os nossos planetas e asteroides foram formados tem uma grande afinidade com os sistemas localizados ao redor de outras estrelas", opina.
Esta rocha vermelha escura foi captada pela primeira vez em 19 de outubro pelo telescópio Pan-STARRS 1, localizado no Havaí. O aparelho detectou uma luz fraca, que inicialmente parecia ser um cometa pequeno. No entanto, as seguintes observações confirmaram que se trata de um asteroide oval.
De acordo com as observações, o asteroide incomum alcançou a velocidade máxima de 315 mil km/h e actualmente se encontra a 295 milhões de km do Sol, entre as órbitas de Marte e Júpiter. Astrónomos acreditam que ele seja da constelação de Lyra e que abandonará nosso Sistema Solar em 2022.
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