Imagens aéreas de uma das ilhas artificiais revelaram aquilo que parecem ser blocos de betão a afastarem-se da estrutura e a flutuarem à deriva no mar.
A ilha artificial que faz parte da maior ponte marítima do mundo, que vai ligar Hong Kong a Macau e Zhuhai, é rodeada por uma barreira de proteção composta por blocos de cimento que têm a função de absorver o impacto das ondas.
Imagens áreas captadas no início do mês mostraram blocos de betão da barreira de uma das ilhas artificiais a flutuarem à deriva no mar. Estas imagens levantaram dúvidas em relação à integridade da também conhecida ponte Delta (por ficar no Delta do rio das Pérolas).
No entanto, segundo o Diário de Notícias, responsáveis da Autoridade da Ponte do Delta afirmaram que a colocação dos blocos foi intencional.
“Hong Kong parece presumir que parte da estrutura afundou, mas foi projetada assim. Não consideramos que exista um problema. Há regras e padrões que seguimos “, disse o vice-diretor, Yu Lie, citado pelo jornal South China Morning Post, de Hong Kong.
No passado, a Autoridade da Ponte de Hong Kong-Zhuhai-Macau, já tinha dito que os blocos tinham sido colocados de forma aleatória propositadamente de modo a aliviar a pressão sobre o túnel.
Também ao Jornal Hoje Macau, citado pelo DN, a Autoridade da Ponte do Delta garantiu que tudo foi inspecionado e aprovado atendendo aos padrões exigidos, acrescentando ainda que a ilha artificial resistiu à devastação do tufão Hato, no verão passado.
Mas estas declarações não acalmou Ngai Hok-yan, engenheiro de infraestruturas, que questionou se a proteção será suficiente com apenas uma camada de blocos de betão no ponto de ligação com o túnel.
“A nossa prática padrão é usar pelo menos duas camadas para servirem de zona de proteção”, disse ao South China Morning Post. Para o especialista, a proteção para a ilha artificial é insuficiente. “O túnel pode desprender-se e flutuar com fendas e infiltração de água. Nesse caso, seria o fim do túnel e da ponte também.”
A construção da ponte em questão iniciou há nove anos e desde então, muitos têm sido os atrasos, os processos em tribunal e ainda a falta de verbas. A inauguração estava prevista para 2016, e, de acordo com Hong Kong, estará operacional ainda este ano.
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