terça-feira, 10 de abril de 2018

Ponte mais longa do mundo pode estar em risco ainda antes da inauguração


Imagens aéreas de uma das ilhas artificiais revelaram aquilo que parecem ser blocos de betão a afastarem-se da estrutura e a flutuarem à deriva no mar.

A ilha artificial que faz parte da maior ponte marítima do mundo, que vai ligar Hong Kong a Macau e Zhuhai, é rodeada por uma barreira de proteção composta por blocos de cimento que têm a função de absorver o impacto das ondas.

Imagens áreas captadas no início do mês mostraram blocos de betão da barreira de uma das ilhas artificiais a flutuarem à deriva no mar. Estas imagens levantaram dúvidas em relação à integridade da também conhecida ponte Delta (por ficar no Delta do rio das Pérolas).

No entanto, segundo o Diário de Notícias, responsáveis da Autoridade da Ponte do Delta afirmaram que a colocação dos blocos foi intencional.

“Hong Kong parece presumir que parte da estrutura afundou, mas foi projetada assim. Não consideramos que exista um problema. Há regras e padrões que seguimos “, disse o vice-diretor, Yu Lie, citado pelo jornal South China Morning Post, de Hong Kong.

No passado, a Autoridade da Ponte de Hong Kong-Zhuhai-Macau, já tinha dito que os blocos tinham sido colocados de forma aleatória propositadamente de modo a aliviar a pressão sobre o túnel.

Também ao Jornal Hoje Macau, citado pelo DN, a Autoridade da Ponte do Delta garantiu que tudo foi inspecionado e aprovado atendendo aos padrões exigidos, acrescentando ainda que a ilha artificial resistiu à devastação do tufão Hato, no verão passado.

Mas estas declarações não acalmou Ngai Hok-yan, engenheiro de infraestruturas, que questionou se a proteção será suficiente com apenas uma camada de blocos de betão no ponto de ligação com o túnel.

“A nossa prática padrão é usar pelo menos duas camadas para servirem de zona de proteção”, disse ao South China Morning Post. Para o especialista, a proteção para a ilha artificial é insuficiente. “O túnel pode desprender-se e flutuar com fendas e infiltração de água. Nesse caso, seria o fim do túnel e da ponte também.”

A construção da ponte em questão iniciou há nove anos e desde então, muitos têm sido os atrasos, os processos em tribunal e ainda a falta de verbas. A inauguração estava prevista para 2016, e, de acordo com Hong Kong, estará operacional ainda este ano.


Fonte: ZAP

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