segunda-feira, 27 de agosto de 2018

ARQUIVO OVNI: Objeto na pista» de Santa Maria desvia avião para Lisboa


O corolário deste período de intensa atividade insólita nos céus terrestres seria coroado com um provável novo «incidente» nas pistas do aeroporto de Santa Maria. E dizemos «provável» acautelando eventuais sobreposições - deste relato —recuperado ao cabo de 23 anos transcorridos sobre o mesmo, — com o caso anterior do charuto no dia 9 de julho. 

Este caso teria ocorrido em 24 de agosto de 1965, (pelas 3h20. Ou seja, trata-se de uma situação noturna, ao invés do evento inequivocamente diurno dos «relógios parados» — ao início da tarde. Um terceiro detalhe adita-se mais adiante. 

Transcrevemos do Relatório do CEAFI, de 2 de junho 1980, uma primeira resenha deste caso: 

O piloto de um avião da PANAM contacta a Torre de Controlo dizendo que se encontrava um objeto na pista e não podia aterrar, o que obrigou a desviar a rota para l.isboa. 

Elementos da Torre dirigiram-se de seguida de automóvel ao local para verificar o que se passava. Eram eles: Fernando da Silva Araújo, 58 anos, telegrafista; Rui Nogueira, Alberto de Cunha e Sá, Vítor Arede Soveral, controladores de tráfego aéreo, foram testemunhas, en­tre outros. 

Segundo Fernando Araújo, técnico de informa­ção de aeronáutica, o objeto era de cor branco-azulado, semelhante ao corte de um metal com maçarico. 
Tinha um halo enorme de luz branca e no meio uma massa sóli­da e soltava chispas róseas de vez em quando. Um guar­da, teria sofrido perturbações psíquicas, vindo a sofrer de visões e morreu um ano depois com leucemia. Um piloto da TAP disse ter sido seguido e o mesmo teria sucedido com um voo da KLM. 


No mesmo dia um DC3 da base das Lajes veio investigar o caso para fazer relatório e a Di­reção Geral de Aviaçáo Civil terá feito o mesmo. Outros funcionários dos citados recusaram o contacto.» 

Este dossier integra um inquérito complementar conduzido por José Sottomayor que teve oportunidade de entrevistar outra testemunha que «não se recordava nem do dia nem do mês», apontando o verão de 1965 e o mês de agosto como «provável» data do acontecimento. 

Ao consultarmos o processo, constatámos, com alguma surpresa, que esta nova testemunha trabalhava, como operador de telecomando aeronáutico no aeroporto de Santa Maria. Chamava-se António Loureiro. Ou seja muito provavelmente o mesmo funcionário que acumulava o cargo de correspondente da agência ANI e veiculou a informação do caso anterior, no mesmo aeroporto, a 9 de julho. 

O nome e as funções são esclarecedores. O terceiro detalhe é o facto de António Loureiro — com 56 anos à data da entrevista — ter plausivelmente «participado» nas duas ocorrências, consideradas como tal face à divergência dos dados temporais e características de ambas. 

Permite-se a dúvida, todavia, sublinhada pela ausência de referência, por parte testemunha, ao primeiro episódio da vaga açoriana. Lapso circunstancial de memória? Atente-se no depoimento: 

Às 14.30 uns colegas alertaram-no para um objeto que se encontrava a cerca de 5000 metros de distância e de altura e se dirigia em direção ao aeroporto. O céu estava limpo e o vento fraco. O objeto deslocava-se de este para oeste, com trajetória retilínea, a uma ve­locidade muito lenta pois levou cerca de uma hora para percorrer a distância que o separava do aeroporto. 

Ao chegar a este estacionou ficando a pairar sobre a torre. Tinha a forma de um charuto na vertical, medindo 10 metros X 2,5 metros, era branco mas não brilhante, tinha aparência sólida e não refletia os raios solares. 

Cerca das 18 horas as testemunhas deixaram de ligar ao objeto não sabendo ainda durante quanto tempo este ficou na posição indicada. A testemunha já tinha ouvido falar em ovnis mas leu pouco. Ficou com a ideia de ser algo comandado à distância com o fim de obser­var o local.»

Fonte: Livro Ficheiros Secretos à Portuguesa, de Joaquim Fernandes

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