segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Medir o Universo em expansão dá prémio a equipa com cosmógrafos portugueses

O retrato do universo, feito pelo telescópio espacial Planck 
© ESA and the Planck Collaboration

Equipa trabalhou com sonda lançada em 2009 pela Agência Espacial Europeia, numa missão que terminou em 2012

O Prémio Gruber de Cosmologia 2018, que distingue a equipa científica da sonda europeia Planck, que inclui investigadores portugueses, é entregue na Assembleia-Geral da União Astronómica Internacional, que começa esta segunda-feira em Viena, Áustria.

A vasta equipa científica internacional da Planck inclui os cosmólogos portugueses Graça Rocha, Marta Alves, Luís Mendes e Pedro Carvalho.

Lançada em 2009 pela Agência Espacial Europeia, a sonda Planck, cuja missão no espaço terminou em 2012, permitiu recolher dados da radiação cósmica de fundo (radiação eletromagnética) do Universo com uma precisão sem precedentes.

Justificando a atribuição do galardão, que distinguiu também a título individual os coordenadores da equipa Jean-Loup Puget e Nazzareno Mandolesi, o presidente do conselho consultivo do prémio, o astrónomo Robert Kennicutt, realçou, citado pela Fundação Gruber, que a missão Planck "fez medições definitivas das propriedades do Universo em expansão".

Em declarações em julho à Lusa, a cosmóloga Graça Rocha, que trabalha na agência espacial norte-americana NASA, disse que o prémio representa o "reconhecimento importante dos impactos científicos que a missão originou ao longo destes anos".

A sonda mediu o conteúdo da matéria e a geometria do Universo, mapeou a temperatura da radiação cósmica de fundo, o 'fóssil' do Big Bang, momento que corresponderá ao início do Universo, e forneceu informação sobre a poeira interestelar e os campos magnéticos da Via Láctea.

O Prémio Gruber de Cosmologia distingue anualmente cosmólogos, astrónomos ou astrofísicos pelos avanços na compreensão do Universo.

Com sede nos Estados Unidos, a Fundação Gruber premeia trabalhos nos domínios da cosmologia, genética, das neurociências, da justiça e dos direitos das mulheres.

A Assembleia-Geral da União Astronómica Internacional, que começa hoje em Viena, termina em 31 de agosto e reúne mais de três mil astrónomos de 88 países.

Fonte: DN

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