sábado, 6 de outubro de 2018

Usava uma pedra como calço que é, afinal, um meteorito de 100 mil dólares


O meteorito, que estava na posse do homem há 30 anos, é o sexto maior alguma vez identificado no estado do Michigan, nos EUA

Já se cruzou com alguma rocha que lhe parecia vinda do espaço? David Mazurek, um homem do estado do Michigan, nos EUA, quis saber mais sobre a pedra que usava como calço para impedir que uma porta se fechasse, há 30 anos, e descobriu que era, afinal, um meteorito. Mas as surpresas não ficam por aí: é o sexto maior já encontrado naquele estado e está avaliado em 100 mil dólares (aproximadamente 87 mil euros).

Quem examinou a peça foi Mona Sirbescu, professora de Geologia na Universidade Central do Michigan, que está habituada a receber muitos pedidos semelhantes, ou seja, para avaliar se uma determinada rocha é um meteorito. "Há 18 anos que a resposta é categoricamente 'não'", disse, citada num comunicado publicado na página da instituição.

Desta vez, Mona percebeu que estava diante de uma peça especial. "É o espécime mais valioso que já vi na vida, monetária e cientificamente", afirmou.

De acordo com a análise, trata-se de um meteorito de cerca de 10 quilos, com aproximadamente 88% de ferro e 12% de níquel, um metal que raramente se encontra na Terra. Uma avaliação validada pelo Instituto Smithsonian, em Washigton DC.

David Mazurek encontrava-se na posse do meteorito desde 1988, altura em que comprou uma fazenda em Edmore, no estado do Michigan. Segundo os relatos do dono da quinta, a "pedra" estará na Terra desde 1930. Nesse ano, o homem e o pai viram uma rocha cair no terreno, fazendo uma "barulheira". No dia seguinte, aperceberam-se da existência de uma cratera, e acabaram por desenterrar o meteorito, "ainda quente".

Quando comprou a propriedade, foi-lhe dito que aquela rocha que segurava a porta era um meteorito, e que podia ficar com ele. Durante 30 anos, David continuou a usá-lo com o mesmo propósito, mas servia também para fazer apresentações na escola dos filhos.

Recentemente, o homem descobriu que havia pessoas a vender pedaços de meteoritos, o que o levou a tentar confirmar a origem daquela rocha.

De acordo com o comunicado a universidade, o Instituto Smithsonian pondera comprar o meteorito - entretanto batizado como Edmore - para o colocar em exposição. Independentemente do valor que vier a receber, o dono já prometeu doar 10% da receita à universidade, para que seja usado para financiar estudantes na área das ciências da Terra e da atmosfera.


Fonte: DN

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