quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Uma cavidade gigantesca escondida sob um glaciar antárctico ameaça aumentar o nível do mar


A NASA revela que se esconde um enorme buraco Thwaites crescendo a um ritmo explosivo e faz parte de um ciclo vicioso que acelera o degelo.

Pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jacto da Nasa (JPL, sigla em Inglês) descobriram uma cavidade gigante debaixo do glaciar Thwaites Antarctico formada como resultado do degelo nos últimos três anos, relatou a 30 de janeiro a Agência Espacial Americana.

Embora a presença de espaços ocos entre o gelo e a base rochosa fosse esperada pelo contacto com as águas oceânicas, os especialistas ficaram surpresos com as dimensões e o "ritmo explosivo de crescimento" desse grande buraco, que é de cerca de 300 metros. de altura e um volume equivalente a 14.000 milhões de toneladas de gelo.

Mudanças na superfície dos Thwaites (2011-2017): vermelho representa as áreas 
que afundam e as azuis que sobem / NASA / JPL-Caltech

Reacção em cadeia

"Durante anos, suspeitávamos que os Thwaites não estavam firmemente ligados à sua base rochosa", disse Eric Rignot, pesquisador da Universidade da Califórnia e da Nasa. 

Para confirmar essa hipótese, esse homem e seus companheiros usaram novos radares capazes de penetrar na espessa camada de gelo.

Estes cientistas estimam que esta glaciar é responsável por 4% do aumento do nível do mar no mundo e, se derreter completamente, a água subiria mais de 65 centímetros e afectaria outros glaciares próximos, o que causaria um aumento adicional de 2,4 metros.

Círculo vicioso

"Quanto mais calor e água entram debaixo de um glaciar, mais rápido derrete" e este processo é graças a canais com uma largura de cerca de um quilometro, que agem "como dedos que se estendem debaixo" para derreter essa massa de água. gelo da base, inadvertidamente, explica Pietro Milillo, o principal autor da investigação do JPL.

Por essa razão, pesquisas anteriores podem ter subestimado a verdadeira taxa de derretimento do glaciar Thwaites, concluíram os especialistas da Nasa.

Fonte: RT

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