Uma equipa internacional de investigadores, em colaboração com o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), no Porto, descobriu uma nova Super Terra, a "apenas" oito anos-luz de distância do sistema solar, indica um estudo divulgado esta terça-feira.
Segundo o IA, o estudo publicado esta terça-feira permitiu a descoberta da "Super Terra G1411b" na "vizinhança do Sistema Solar", um exoplaneta (que orbita uma estrela que não é o Sol) com três vezes a massa da Terra e que orbita a estrela Gliese 411(GI411), localizada na constelação da Ursa Maior.
Em comunicado, o IA explica que a equipa de investigadores concentrou-se na observação de exoplanetas que orbitam estrelas anãs vermelhas (cuja massa é inferior a metade da massa do Sol) que "representam 80% das estrelas da nossa galáxia".
Através do espetrógrafo Sophie, instalado no telescópio do Observatório de Haute-Provence (OHP), em França, os investigadores detetaram o planeta G1411b, que acreditam ser "rochoso" e completar "uma volta em apenas 13 dias terrestres".
"Apesar de GI411 ser uma anã vermelha, e por isso, menos quente do que o Sol, o G1411b ainda recebe cerca de 3,5 mais radiação do que a Terra recebe do Sol, o que o coloca fora da zona de habitabilidade, sendo provavelmente mais parecido com Vénus", garante o IA.
De acordo com o investigador do IA e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), Olivier Demangeon, citado no comunicado, a descoberta de um planeta de tipo rochoso em torno de uma das estrelas mais próximas da Terra "reforça claramente a ideia de que a maioria das estrelas que vemos no céu tem planetas à volta".
Fonte: JN
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