Sirius, a estrela mais brilhante no céu noturno e a quinta estrela mais próxima do nosso sistema solar, será brevemente “apagada” na segunda-feira por um asteroide que se move em redor do Sol.
Esta é a primeira vez que este evento foi previsto pelos astrónomos e será visível como um escurecimento da luz brilhante de Sirius por uma fração de segundo por volta das 22h30 da noite de na segunda-feira no oeste do México, EUA central e Canadá.
Os astrónomos chamam a este evento “ocultação”, que é quando um objeto celeste é escondido da vista por outro objeto celestial.
Sirius é uma das estrelas mais fáceis de encontrar em todo o céu noturno. Por um lado, é um dos corpos mais brilhantes e, por outro, porque as três estrelas no Cinturão de Orion apontam para baixo para Sirius nesta época do ano.
A estrela vai ser ocultada por um asteroide chamado 4388 Jürgenstock. É um asteróide de cinco quilómetros de largura do cinturão de asteroides. Foi batizado em honra do homem que o descobriu, o astrónomo venezuelano Jürgen Stock. Este corpo orbita o Sol uma vez a cada 3 anos e 7 meses.
“Esta é a primeira ocultação de Sirius já prevista”, disse David W. Dunham na International Occultation Timing Association. “Os catálogos de estrelas e as efemérides de asteroides não eram precisos o suficiente para prever tais eventos antes de 1975, por isso ninguém tentou prever as ocultações antes daqueles anos”. Dunham explica que Sirius está longe da eclíptica, onde a maioria dos asteroides vagueiam, e onde estrelas como Regulus, em Leão, são mais frequentemente ocultadas.
Os observadores vão poder ver “a estrela desvanecer ao longo de um período de vários décimos de segundo, provavelmente não desaparecerá completamente e depois recuperará o seu brilho total ao longo de outros vários décimos de segundo”.
Uma estrela brilhante é ocultada por um asteroide razoavelmente grande a cada dois ou três anos. “A última foi uma ocultação de Regulus que foi ocultada pelo grande asteróide Adorea a 13 de outubro de 2016″, explicou Dunham. As estrelas visíveis a olho nu mais fracas são ocultadas com mais frequência.
Esta ultra-rara ocultação de Sirius pode ajudar os astrónomos a calcular o quão longe está. Ainda nenhum telescópio espacial ou câmara estelar conseguiu medir a sua distânciacom precisão.
“A missão Gaia tem câmaras sensíveis que foram projetadas para mapear cerca de dois mil milhões de estrelas até à 20ª magnitude”, diz Dunham. “O Sirius é cem milhões de vezes mais brilhante que as mais fracas estrelas, por isso foi muito difícil projetar um sistema que mapeasse ambos”. Embora Gaia tenha algumas técnicas de filtro para obter dados sobre algumas das estrelas mais brilhantes, Sirius é demasiado brilhante para elas.
Fonte: ZAP
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