sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Relatório da NASA diz que podemos encontrar vida alienígena brevemente


Uma equipa de cientistas da NASA adiantou que poderá ser possível encontrar vestígios da vida alienígena nas próximas décadas, alertando, contudo, que o contacto com estas formas de vida será feito através de evidências indiretas. 

Esta é um procura de décadas: os cientistas continuam a investigar para perceberem se estamos realmente sozinhos no Universo ou se a vida alienígena pode existir noutros planetas distantes – agora, e de acordo com um novo documento da agência espacial norte-americana (NASA), parece possível chegar a uma resposta mais cedo do que imaginávamos.

Em causa está o relatório Biosignature False Positives, elaborado por cientistas do Instituto Goddard de Estudos Espaciais e do Centro de Voos Espaciais Goddard. O documento frisa ser possível encontrar vida extraterrestre nas próximas décadas, mas nota que este contacto não terá, por exemplo, um “extraterrestre a apertar-nos a mão”, como tantas vezes esta imagem foi sendo criada ao longos dos anos na ficção científica.

“Ao tentar detetar vida em planetas que orbitam outras estrelas, a observação direta da vida – focando uma única árvore numa floresta alienígena, ou ver um alienígena, ou ter o alienígena a apertar a nossa mão) é totalmente improvável”, pode ler-se.

“Contudo, nas próximas décadas poderá ser possível observar evidências indiretasdesta vida recorrendo às chamadas bioassinaturas”, afirma o relatório. Tal como explicam os cientistas, entende-se por “bioassinatura” “qualquer medição ou observação que exija uma origem biológica para explicar o que se mede ou observa”.

Partindo do exemplo da Terra, entende-se como bioassinaturas terrestres “fósseis de dinossauros, embalagens vazias e o oxigénio”, enumera o documento. Cada uma destas observações, adianta o mesmo relatório, fornece uma evidência indireta, de valor variável, da presença de vida existente ou já extinta.
Os falsos positivos

No mesmo documento, os cientistas alertam ainda para a possibilidade de encontrar falsos positivos durante a procura, uma vez que alguns processos podem mascarar ou imitar as provas que os cientistas há anos procuram.

“Na procura por formas de vida, seja na parte mais antiga dos registos geológicos da Terra, seja em planetas do nosso Sistema Solar, como Marte, ou especialmente em planetas extras-solares, nós devemos inferir sobre a existência de vida a partir do seu impacto local ou global sobre o ambiente”.

E sustentam: “Estas bioassinaturas, frequentemente identificadas a partir da influência conhecida de organismos terrestres sobre a atmosfera e a superfície da Terra, podem ser diagnosticadas incorretamente quando as aplicamos a mundos alienígenas. Os chamados falsos positivos podem ocorrer quando outro processo ou conjunto de processos mascara ou imita uma bioassinatura”, observam os autores do relatório.

Recentemente, e a propósito da procura de vida alienígena, o chefe do departamento de Astronomia da Universidade de Harvard, Avi Loeb, especulou que o estranho Oumuamua, que atualmente viaja pelo nosso Sistema Solar, não fosse nem um cometa nem um asteróide, mas antes uma nave alienígena. O docente tem reiterado essa teoria.

Fonte: ZAP

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