quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Astrónomo: 21 mil objectos espaciais podem ser perigosos para Terra


Será criado na Rússia um centro de monitorização de asteroides perigosos. O pesquisador-chefe, Natan Eismont, afirmou que o centro fará parte de uma empresa internacional, reconhecida no mundo.

Na Rússia está prevista a criação de um Centro de Detecção e Rastreamento de Asteroides e Cometas Perigosos, informou Igor Bakaras, chefe do Centro Analítico-Informacional de Apoio à Segurança da Actividade Espacial do principal instituto científico da Roscosmos, o TSINIIMASH (especializado no desenvolvimento de mísseis e motores para sistemas de defesa).

"No âmbito da criação do Sistema de Monitorização e Apoio à Informação de Segurança das Actividades Espaciais, está prevista a criação do Centro Russo de Pequenos Corpos Celestes, cuja principal tarefa será detectar e rastrear os corpos celestes de origem natural que se aproximam da Terra", disse.

A organização realizará a cooperação inter institucional com a Corporação Estatal de Actividades Espaciais Roscosmos, Academia Russa de Ciências, Ministério de Situações de Emergência, bem como com o Ministério das Relações Exteriores. 

Além disso, fornecerá informações e trocará dados com outros Estados e organizações internacionais.

O conceito do programa está previsto para ser preparado e aprovado em meados de 2020, e então começará sua implementação, disse Bakaras.

O sistema será criado com base no Centro de Informação e Análise para garantir a segurança das actividades espaciais TSINIIMASH, e no Sistema de Alerta Automatizado sobre Situações Perigosas no Espaço.

Raízes da implementação

O pesquisador-chefe do Instituto de Pesquisa Espacial da Academia de Ciências da Rússia, Natan Eismont, notou que a Rússia começa este trabalho já com uma certa base.

"Já existe um centro pequeno assim no Instituto de Matemática Aplicada há mais de seis anos, por iniciativa deles. Eles conseguiram comprar equipamento e até mesmo colocá-lo em quase todo o mundo para observar asteroides perigosos.

Evidentemente, não desenvolveram suas actividades à mesma escala que os americanos ou os europeus, mas as suas observações estão dando resultados. Durante este tempo descobriram várias dezenas de asteroides perto da Terra. Seja o que for, essas pessoas contribuíram e estão contribuindo para essa actividade muito importante", disse Natan Eismont.

Segundo ele, o trabalho do Centro de Detecção e Rastreamento de Asteroides e Cometas Perigosos fará parte de uma empresa internacional, reconhecida no mundo.

"Conhecemos agora cerca de 21.000 objectos potencialmente perigosos, como aqueles que poderiam colidir com a Terra, em 1.000 anos, por exemplo. [...] Este trabalho tem sido realizado em grande escala desde cerca de 2005, após a descoberta do asteroide Apophis em 2004. 

Essas actividades foram consolidadas mundo afora, resultando na descoberta de aproximadamente cinco asteroides potencialmente perigosos por semana. 

E, até agora, pode-se supor que os grandes asteroides, com alguns quilómetros de tamanho, já são conhecidos, ou seja, suas trajectórias são previsíveis e seu tamanho foi estimado. Ou seja, essa campanha, de natureza internacional, teve resultados muito importantes, e ainda estamos recebendo-os", disse Natan Eismont.

Fonte: Sputnik News

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