terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Cientistas criam ultrassom que mata células cancerígenas


Investigadores da Caltech desenvolveram uma técnica que usa ultrassons de baixa frequência para eliminar seletivamente células cancerígenas, mantendo as boas intactas

Aequipa da Caltech explica que a utilização de impulsos de ultrassom de baixa intensidade consegue eliminar células cancerígenas, sem impacto nas células saudáveis. Os cientistas concluiram que usar impulsos de alta densidade leva ao aquecimento de tecidos e pode matar as células boas também.

Este trabalho assenta num modelo matemático que foi sendo desenvolvido por Michael Ortiz que tentou aferir se a espessura das paredes das células, o seu tamanho e outros parâmetros poderiam afetar a forma como vibrariam quando bombardeadas com ondas sonoras e como essas vibrações poderiam afetar a morte das células cancerígenas. A equipa concluiu que havia uma diferença entre a ressonância nas células de cancros e nas saudáveis. Para explorar essa diferença, é necessário ajustar com precisão a onda de som e dessa forma fazer vibrar a membrana das células malignas com tal intensidade que leva-as a destruir-se, mantendo as saudáveis intactas.

O modelo ainda não foi testado em animais vivos ou em humanos, mas já existem dois aparelhos de ultrassons construídos para este propósito. A equipa está a recolher amostras de células cancerígenas de humanos e ratos, com foco no cancro do cólon e da mama. Os testes vão passar por células sãs, incluindo células imunitárias, para verificar o efeito dos ultrassons, noticia o Slashgear.

A maior dificuldade está na heterogeneidade das células malignas, mesmo nas que são parte do mesmo tumor, pelo que se torna difícil ou quase impossível encontrar um espetro de ultrassom que as elimine a todas.

Outra vertente deste trabalho passa por destruir as células cancerígenas de forma que o sistema imunitário interprete como sendo um ferimento, desencadeando uma reação de ataque face às outras.

Consulte o estudo completo da Caltech aqui.

Fonte: Visão

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