Um professor de Harvard acredita que um sinal de rádio que está a ser captado desde o espaço exterior e que tem um padrão de repetição possa ser indício de vida extraterrestre
Os FRB, de fast radio bursts, vêm do espaço exterior e não sabemos quem os emite ou provoca. Uma equipa de astrónomos detetou agora que um destes FRB tem sido emitido de uma forma regular, em padrão e o professor de Harvard Abraham Loeb considera que não se deve excluir para já a possibilidade de serem alienígenas a enviá-lo.
A Cnet conversou com este especialista que, em primeira instância, defende que se tratam de pulsares, estrelas de neutrões com fortes campos magnéticas. Uma vez que os pulsares detetados até agora vêm do espaço conhecido e arredores e este especificamente vem do espaço exterior coloca-se em cima da mesa a possibilidade de ter origem artificial. “Uma civilização pode gerar um raio de luz poderoso o suficiente para enviar carga com uma vela e poderíamos estar a observar a fuga dessa radiação por fora da vela”, afirma Loeb.
O padrão repetido não qualifica este FRB como tendo origem alienígena. Segundo o professor Loeb, “observamos a periodicidade em muitos sistemas astrofísicos, como por exemplo pares de estrelas. Assim, por si mesma, a periodicidade não é suficiente para se dizer que estamos perante algo com origem artificial”.
O professor está a trabalhar para o comité Breakthrough Starshot, apoiado por Mark Zuckerberg, que pretende colocar uma pequena nave em Alpha Centauri recorrendo a poderosos raios laser. Um raio de energia bastante poderoso, como é o caso, pode ter sido usado para propulsionar uma nave ao longo do cosmos e alguns FRB parecem ser o vestígio de tal raio, pelo que a civilização que os emite teria de ser tecnologicamente bastante avançada.
Loeb e um colega já analisaram esta possibilidade num estudo de 2017 e concluiram que, para se produzir FRB que percorressem distâncias cosmológicas, seria necessário uma fonte de energia comparável com toda a luz solar recebida na Terra. O académico não exclui que estes FRB possam ter outra origem natural ou artificial e que encontrar um FRB próximo que se repita ou um que esteja em diferentes comprimentos de onda de luz pode ajudar a resolver o mistério.
Fonte: Visão
Sem comentários:
Enviar um comentário