Uma equipa de investigadores encontrou, em França, fósseis de tartarugas terrestres que mostram que esta espécie conseguiu sobreviver ao meteorito que extinguiu os dinossauros.
Um novo estudo publicado, na semana passada, na revista científica Scientific Reports, descreve a Laurasichersis relicta como a única espécie de tartarugas terrestres primitivas conhecida no hemisfério norte que sobreviveu ao meteorito que dizimou os dinossauros há 66 milhões de anos atrás.
Sobreviver durante o período após o meteorito não deve ter sido nada fácil, com os animais a ter de lidar com efeitos atmosféricos tóxicos e a aniquilação de ecossistemas pré-existentes. Muitas espécies terrestres conseguiram sobreviver ao alimentarem-se dos detritos que restaram da morte em massa.
“A razão pela qual a Laurasichersis sobreviveu à grande extinção, enquanto nenhuma das outras tartarugas terrestres norte-americanas, europeias ou asiáticas conseguiu fazê-lo, permanece um mistério“, reconheceu o autor da investigação Adán Pérez-García.
No estudo, Pérez-García refere-se à tartaruga como “bizarra”, muito graças à sua carapaça pouco habitual. Embora a espécie esteja agora extinta, tinha algumas características que se destacavam, nomeadamente uma carapaça complexa e espigões de defesa. Além disso, não conseguia esconder a cabeça como as tartarugas modernas conseguem.
José Antonio Peñas/SINC
Laurasichersis relicta.
Por enquanto, como estes são os únicos fósseis conhecidos da espécie, é impossível saber quando é que este animal se extinguiu.
No hemisfério sul, há também uma outra espécie de tartarugas terrestres primitivas que conseguiu sobreviver à extinção que limpou 70% da vida na Terra: a meiolaniidae. No entanto, de acordo com o Gizmodo, mais tarde viria também a desaparecer devido à ação humana.
Fonte: ZAP
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