Cientistas acreditam que o Oumuamua, primeiro corpo celeste identificado como vindo de fora do Sistema Solar e com uma forma singular de cigarro, seria um fragmento de outro planeta.
Em um estudo publicado na revista Nature em 13 de abril, os astrofísicos Yun Zhang da Academia de Ciências da China e Douglas Lin da Universidade da Califórnia apresentaram os resultados de suas investigações sobre o Oumuamua.
Para chegar a essa conclusão, os astrónomos simularam em computador o processo de formação do asteroide, concluindo se tratar de um fragmento resultante da aproximação demasiada de sua estrela.
Simulação em computador
Os astrónomos recorreram a um modelo de computador por eles desenvolvido para replicar o processo de formação.
O modelo, de alta resolução, reproduz a dinâmica estrutural de um objecto voando perto de uma estrela. Como resultado, descobriram que, se o objecto planetário se aproximasse demasiado da estrela, esta poderia desintegrá-lo em fragmentos extremamente alongados, que depois seriam ejectados no espaço interestelar.
Nova teoria de formação explica o misterioso objecto interestelar OumuamuaNew formation theory explains the mysterious interstellar object 'Oumuamua https://t.co/HvMCwtt3Wf via @physorg_com— Moot the Lurker (@phpress) April 14, 2020
"Mostramos através de simulações que objectos interestelares do tipo Oumuamua podem ser profusamente produzidos em resultado de sucessivas forças de maré e ejectados [no espaço interestelar] quando um corpo rico em matérias voláteis se aproxima demasiado de sua estrela hospedeira", refere o estudo.
Misterioso objecto interestelar
Para os astrofísicos autores do estudo, o Oumuamua é diferente de qualquer outro objecto em nosso Sistema Solar. Sua superfície seca, de forma estranhamente alongada, e seu movimento, levaram até mesmo alguns cientistas em 2018 a questionar se não se trataria de uma nave extraterrestre.
O Oumuamua é um pequeno corpo estelar descoberto por um telescópio no Havaí em outubro de 2017, quando estava a 30 milhões de quilómetros da Terra.
Fonte: Sputnik News
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