Não há a mínima dúvida que a órbita da Terra alberga milhões de objetos perigosos, lixo espacial que não se sabe como será possível limpar. Contudo, poderá haver agora uma nova abordagem no que respeita à construção dos satélites e dos material a usar. Segundo uma empresa japonesa e a Universidade de Kyoto, será possível desenvolver o que esperam ser os primeiros satélites do mundo feitos de madeira até 2023.
Estima-se que existam mais de 128 milhões de pedaços de entulho menores que 1 cm, 900.000 pedaços de lixo de 1 a 10 cm e cerca de 34.000 pedaços maiores que 10 cm na órbita da Terra.
Satélites de madeira poderão ser uma realidade
Conforme foi dado a conhecer, a empresa nipónica Sumitomo Forestry já iniciou investigações sobre o crescimento de árvores e o uso de materiais de madeira no espaço. A parceria começará a experimentar diferentes tipos de madeira em ambientes extremos da Terra.
O lixo espacial está a tornar-se um problema crescente à medida que mais satélites são lançados na atmosfera. Assim, os satélites de madeira queimariam sem libertar substâncias nocivas na atmosfera ou fazer chover detritos no solo quando voltassem para a Terra.
Estamos muito preocupados com o facto de que todos os satélites que reentram na atmosfera da Terra queimam e criam minúsculas partículas de alumina que vão flutuar na atmosfera superior durante muitos anos.
Disse Takao Doi, professor da Universidade de Kyoto e astronauta japonês à BBC.
Desenhar satélites de madeira mais “amigos do ambiente”
A próxima etapa será desenvolver o modelo de engenharia do satélite, depois será fabricado o modelo de voo. Como astronauta, Takao Doi visitou a Estação Espacial Internacional em março de 2008. Então, durante a missão, ele tornou-se a primeira pessoa a lançar um bumerangue no espaço que havia sido projetado especificamente para uso em microgravidade.
A Sumitomo Forestry, parte do Grupo Sumitomo, fundada há mais de 400 anos, disse que trabalharia no desenvolvimento de materiais de madeira altamente resistentes às mudanças de temperatura e à luz solar.
Lixo espacial
Especialistas alertaram para a crescente ameaça de lixo espacial que cai na Terra, à medida que mais naves e satélites são lançados. Os satélites são cada vez mais usados para comunicação, televisão, navegação e previsão do tempo. Especialistas e investigadores espaciais têm estudado diferentes opções para remover e reduzir o lixo espacial.
Segundo o Fórum Económico Mundial (WEF), existem cerca de 6.000 satélites a orbitar a Terra. Cerca de 60% deles estão extintos (lixo espacial). Além disso, estima-se que 990 satélites serão lançados todos os anos nesta década. Quer isso dizer que até 2028, pode haver 15.000 satélites em órbita.
A título de curiosidade, o lixo espacial viaja a uma velocidade incrivelmente rápida de mais de 35.888 km/h. Então, em caso de impacto, um pequeno detrito pode causar danos consideráveis. Em 2006, um pequeno pedaço de lixo espacial colidiu com a Estação Espacial Internacional, causando um dano numa janela fortemente reforçada.
Fonte: Pplware
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