O avião North-American T-6G, conhecido pela designação de “Harvard” era um avião de instrução básica de pilotagem, sediado na BA n.º 1, Sintra. A partir de 1947 os pilotos da Aeronáutica Militar, mais tarde Força Aérea (1952), após a instrução elementar em avião Chipmunk, completavam a sua instrução nos Harvard. Estiveram ao serviço 257 aviões T-6, o que constitui a maior frota de aeronaves do mesmo tipo da Força Aérea.
Avião bilugar - instrutor e aluno - era equipado com um motor em estrela Pratt&Whitney de 9 cilindros, com a potência de 550 Hp, e trem retráctil. Em 1961/62 foram adquiridos mais T-6 na Argélia com vista à sua utilização nos teatros operacionais de África. Estes aparelhos vinham preparados para a utilização de armamento que podia ser constituído por metralhadoras, ou 2 bombas de 50 Kg., ou foguetes.
Actuaram nos três Teatros de Guerra – Guiné, Angola e Moçambique – tendo constituído meios operacionais das Bases Aéreas ou Aeródromos Base de Bissau, Negage, Henrique de Carvalho, Tete e Nova Freixo, em missões de ataque ao solo, apoio a Forças Terrestres e reconhecimento armado, tendo sido alguns abatidos pelo fogo adversário.
Foram abatidos ao efectivo da FAP em 1978.
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North-American T-6
Operação em Portugal
Em 1947, foram adquiridos os primeiros 28 aviões North-American AT-6 com destino à Aeronáutica Militar. Em 1951 foram recebidos mais 20 aviões, ao abrigo um protocolo de defesa entre Portugal e os Estados Unidos, do tipo T-6G Texan.
A Aviação Naval recebeu em 1950, oito aviões SNJ-4, a versão utilizada pela Marinha dos Estados Unidos.
Em 1952, todos esses aviões foram integrados na Força Aérea Portuguesa que os reuniu na Base Aérea Nº1, utilizando-os na instrução de pilotagem. A FAP também decidiu uniformizar todos esses aviões modificando-os para versão T-6G. O apelido Texan nunca foi usado em Portugal. Dado que os primeiros aviões eram da versão canadiana, ali denominada Harvard, todos os T-6 portugueses, independentemente da origem ficaram conhecidos por T-6 Harvard.
O número de unidades em serviço foi sucessivamente aumentado. Um total de 257 T-6 serviu as Forças Armadas Portuguesas, fazendo o que faz dele o modelo de aeronave militar com o maior número de unidades de sempre a servir Portugal.
No inicio da Guerra do Ultramar, em 1961, foram enviados para as três frentes onde desempenharam um bom papel. Para tal, nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico, receberam alguns melhoramentos. Foram montados nas asas suportes para bombas, metralhadoras e ninhos de foguetes.
A Força Aérea Portuguesa foi, provavelmente, o último utilizador do T-6 em operações militares reais.
Mantiveram-se alguns aviões na Base Aérea Nº3 para treino operacional de pilotos até 1978, data a que foram abatidos ao efectivo.
Actualmente o Museu do Ar tem 2 aviões T-6 em reserva e mais um em estado de voo. O Museu Aero Fenix possui um T-6G (Ex-USAF 51-15177, ex-FAP 1635) que está a restaurar para estado de voo.
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Muito interessante o seu blog.
ResponderEliminarBafondoça
P1/67
Excelente posts, como os outros dedicados às diversas aeronaves operadas pela FAP. Dos melhores que encontrei sobre o assunto.
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