quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O eclipse do Sol filmado do espaço


Ao longo da nossa vida, poderemos ver um a dois eclipses totais

Veja o eclipse do Sol do último domingo, filmado pela nave espacial europeia Proba-2.

Três eclipses parciais do Sol são vistos neste filme feito pela nave Proba-2 da Agência Espacial Europeia (ESA), no último domingo, quando em certas regiões da Terra se observou um eclipse total da nossa estrela.

A nave da ESA, organização a que Portugal pertence, orbita a Terra 14,5 vezes por dia, tendo entrado e saído da sombra da Lua durante o tempo que durou o evento. Daí que tenha conseguido observar vários eclipses parciais.

O fenómeno foi considerado pelos cientistas um eclipse híbrido, porque começou por ser anelar, isto é, a Lua cobriu o Sol mas manteve-se uma auréola luminosa, já que o seu tamanho aparente era ligeiramente mais pequeno do que o da nossa estrela, quando observado de certas regiões da Terra. Depois, o eclipse passou a total e finalmente voltou a anelar.

É um fenómeno raro, que acontece dez vezes em cada século, mas em Portugal foi apenas um eclipse parcial. Em contrapartida, em países da África equatorial, como São Tomé e Príncipe, foi total.

Recordar o eclipse de 1919 na ilha do Príncipe

A sua trajetória revelou-se, aliás, muito semelhante à do eclipse de maio de 1919, em que o Royal Observatory e a Royal Society do Reino Unido patrocinaram uma expedição precisamente à ilha do Príncipe e outra ao Brasil, para observar o fenómeno.

E também para validar a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, que prevê o encurvamento dos raios luminosos ao passarem junto ao bordo do Sol.

Por isso mesmo, com o apoio do Observatório Astronómico de Lisboa e outras entidades, foi organizado na ilha do Príncipe um evento chamado "Eclipse 2013: História e Ciência no Príncipe" para celebrar esta efeméride, que decorre até 10 de novembro.

José Afonso, diretor do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, afirmou ao site da estação de TV britânica Sky News que "ao longo da nossa vida, se vivermos sempre no mesmo local, poderemos observar provavelmente uma ou talvez duas vezes um eclipse total do Sol".


Fonte: Expresso

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