sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Cientistas russos descobrem novo asteroide

asteroide, espaço

No rol dos pequenos planetas apareceu mais um nome. Os cientistas do Observatório Astrofísico de Ussuriysk da Secção do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia em Primorie descobriram um novo asteróide.

Os especialistas afirmam que semelhante descoberta é uma grande sorte. A descoberta única tornou-se possível graças ao mais potente telescópio do sistema Hamilton no Extremo Oriente. Esta aparelhagem apareceu nesse observatório apenas no outono do ano passado.

Para os cientistas de Ussuriysk, a descoberta do asteróide foi uma verdadeira festa. Os especialistas do observatório conseguiram, pela primeira vez, encontrar um desconhecido espacial entre outros corpos celeste do principal eixo de asteróides. “Estudámos durante várias noites o hóspede celeste antes de chegar à conclusão sensacional: este asteróide ainda é desconhecido do mundo”, declarou à Voz da Rússia Aleksei Matkin, um dos autores da descoberta:

“Um asteróide é um objeto comum que não representa qualquer perigo para a civilização terrestre. Atualmente, os dados orbitais dele estão a ser precisados para determinar a sua órbita mais precisa. Este é o primeiro asteróide que foi descoberto a partir do território do Extremo Oriente e, nomeadamente, no nosso observatório astrofísico”.

As dimensões do novo asteróide não ultrapassam as centenas de metros. A sua descoberta já foi confirmada no Centro Internacional de Pequenos Planetas de Harvard. O desconhecido espacial recebeu um número próprio no catálogo onde estão registados quatro mil e quinhentos pequenos corpos celestes.

Pelo número único, que contém cifras e números latinos, pode-se determinar rapidamente quando foi descoberto este ou aquele asteróide, explica o astrónomo Serguei Smirnov:

“Inicialmente, o objeto recebe um número de série prévio. As quatro primeiras cifras são o calendário anual. No nosso caso: 2014. As letras latinas seguintes significam o intervalo de duas semanas durante o ano. Todo o ano é dividido em vinte e quatro setores. Depois vêm cifras que significam o número de série no interior desse intervalo de duas semanas. Só depois do número de série prévio é que o asteróide recebe o nome definitivo. Mas até esse momento podem passar várias décadas. Por enquanto, a maioria dos asteróides continuam apenas com números prévios, sem uma designação permanente”.

Hoje em dia, os cientistas descobrem anualmente até 200 pequenos planetas. Só uma pequena parte dessas descobertas é feita por investigadores russos. Pode dizer-se que o que foi feito no Observatório de Ussuriysk foi, em certo sentido, inesperado. Porque, até recentemente, os seus especialistas dedicavam-se a questões completamente diferentes, continua Serguei Smirnov:

“O Observatório de Ussuriysk foi inicialmente criado para estudar o Sol e a influência da radiação solar na vida do nosso planeta. Foi bom que se tenha alargado a temática do observatório, começaram investigações astrométricas. Por isso, o facto da descoberta do novo asteróide ter sido feita precisamente nesse observatório constituiu uma grande alegria para toda a nossa comunidade científica”.

É possível que o novo asteróide permita abrir ainda mais o véu dos mistérios do Universo. Para isso, considera o cientista russo, deve definir-se a que família pertence este corpo celeste:

“As famílias de asteróides são formadas, por vezes, devido a catástrofes espaciais, quando do choque de diferentes objetos do sistema solar. Ou, se o asteróide passa perto de um corpo grande, como Júpiter ou Marte, podem ocorrer mudanças dramáticas da órbita e até a destruição. Formações particularmente poderosas ocorreram num longínquo passado, há biliões de anos, no início da história do Sistema Solar. Mas podemos observar frequentemente pormenores dessa trituração de pedras: no voo gradual de objetos de uma família em vários sentidos”.

A propósito, precisamente nesta altura, a comunidade astrofísica mundial debruça-se sobre mais um mistério celestial. Os astrónomos do Observatório do Sul da Europa conseguiram literalmente dissecar o corpo do asteróide Itokav, descoberto em 1998. Os cientistas, com a ajuda de medidas supra-precisas, descobriram que suas diferentes partes têm uma densidade e estrutura diferente. Não obstante as investigações continuarem, uma descoberta rara já tem uma grande importância prática, nomeadamente do ponto de vista da luta contra uma possível ameaça asteróide.

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