Físicos da Universidade de Genebra, na Suíça, conseguiram o feito de teletransportar o estado quântico de um fotão para um cristal ao longo de 25 km de fibra óptica, de acordo com um estudo publicado na revista Nature Photonics.
O teletransporte quântico é o movimento de bits de dados de um lugar para o outro instantaneamente devido a um fenómeno chamado emaranhado quântico, que é quando duas partículas ligadas trabalham como gémeas mesmo ao serem separadas, o que faz com que as informações de uma sejam compartilhadas com a outra sem a necessidade do toque.
No estudo, os investigadores usaram dois fotões emaranhados e enviaram um deles, via fibra óptica, por 25 quilómetros, enquanto o outro foi enviado para um cristal, que armazenou as informações. Um terceiro fotão foi então enviado como uma bola de bilhar, para colidir com o primeiro fotão, apagando os dados que este continha.
Os físicos notaram, porém, que os dados do terceiro fotão não eram destruídos, mas sim transferidos para o cristal que tinham as informações do segundo fotão emaranhado.
Segundo Félix Bussières, autor da publicação, a conclusão foi que o estado quântico dos dois elementos de luz (os dois fotões emaranhados como gémeos siameses) forma um canal que permite o teletransporte. As experiências concluíram que o estado quântico de fotões pode ser mantido enquanto são transportados para um cristal sem que os dois precisem de entrar em contacto.
Tantas palavras específicas podem deixar a experiência distante do nosso quotidiano, mas o teletransporte pode mudar por completo a maneira como carregamos e transmitimos dados em sistemas de comunicação. Mas ainda é preciso aguardar mais avanços científicos para que acções deste tipo sejam concretizadas.
A experiência foi realizada no laboratório do professor Nicolas Gisin e bateu o recorde anterior de estudos sobre teletransporte, que era de uma deslocação de seis quilómetros, feita há dez anos pela mesma equipa.
Este é mais um passo para que os cientistas possam pensar se o teletransporte físico tem hipóteses de acontecer.
Fonte: DD
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