A vida foi trazida para a Terra por meteoritos, afirmam cientistas russos. Provas disso foram obtidas depois do regresso de órbita do satélite Foton-M4. As bactérias que foram enviadas para o espaço sobreviveram e voltaram para casa sãs e salvas. Este é o primeiro experimento deste tipo bem sucedido no mundo.
Não é a primeira vez que microrganismos tornam-se “astronautas”. No entanto, as tentativas anteriores falharam: eles não regressavam vivos. Moléculas orgânicas ão são capazes de sobreviver na superfície de um corpo celeste em condições de radiação e temperaturas enormes ao entrar nas camadas espessas da atmosfera. Os fragmentos encontrados do meteorito de Chelyabinsk que caiu em fevereiro de 2013 nos Urais estavam completamente derretidos. Aí já não há vida nenhuma!
E se colocarmos as bactérias dentro de um mineral? Esta ideia foi concretizada pelos participantes do experimento no Foton-M4. O biossatélite circulou durante dois meses à altura da órbita da Estação Espacial Internacional com cápsulas basálticas instaladas em seu casco. Essas cápsulas são uma imitação de meteoritos, dentro dos quais foram selados microrganismos, contou à Voz da Rússia um membro do Instituto de Microbiologia, Alexander Slobodkin:
“Nós mesmos fizemos amostras de basalto e colocamos dentro delas as nossas bactérias. Observamos como elas iriam sobreviver e se tal proteção, sendo pequena (a espessura das cápsulas era de 1 centímetro), seria suficiente para que os organismos sobrevivessem quando esses meteoritos artificiais entrarem na atmosfera da Terra. O basalto derrete, mas em sua profundidade a temperatura não atinge valores tao elevados para que tudo queime. A maioria queima, mas algumas bactérias sobrevivem”.
Nem todos conseguiram sobreviver: ou os bolsos onde es instalaram os “passageiros” do meteorito foram danificados, ou as bactérias não tiveram força de vida suficiente. No entanto, três minicontentores continham organismos vivos, e só de uma espécie: bactérias termófilas, disse o cientista:
“O microrganismo que sobreviveu é formador de esporos. E sobreviveram, provavelmente, não células vegetativas, mas esporos – eles são muito termorresistente s. Além disso, o microrganismo é termófilo, ele próprio se desenvolve a temperaturas elevadas de cerca de 70 graus em condições terrestres. Isso também afeta a termorresistênci a dos esporos. Estes são os esporos mais termorresistente s conhecidos”.
Segundo o cientista, a hipótese da origem extraterrestre da vida existem há muito tempo. Mas até agora não havia resposta à pergunta sobre em que condições reais ela poderia ter sido trazida. É evidente que não foi na superfície de um corpo celeste. Mas onde? A que profundidade desse corpo? Verificou-se que apenas um centímetro é suficiente para proteger os microrganismos.
Peritos se abstêm de fazer declarações sensacionais, como que “a vida é um vírus vindo do espaço”. O resultado obtido não é considerado prova definitiva da origem extraterrestre da nossa civilização. “Este é o primeiro resultado positivo”, acreditam eles, “uma aproximação às características reais deste processo”. Os microbiologistas russos pretendem continuar suas pesquisas e repetir a experiência.
Fonte: VR
Sem comentários:
Enviar um comentário