sábado, 23 de setembro de 2017

As ondas do Oceano Pacífico podem gerar a mesma eletricidade que 10 centrais nucleares


Embora o movimento da água do mar seja constante por todo o planeta, a sua energia é pouco aproveitada para utilização humana. Construir uma central maremotriz tem condicionalismos geológicos, que limitam a rentabilidade da produção de energia elétrica, mas o entusiasmo pelo conceito continua a crescer, com um cientista japonês a propor uma nova forma de aproveitar toda esta energia.

Correntes fortes e ondulação elevada obrigam muitas vezes a construir quebra-mares para proteger as costas da força destrutiva do oceano. Mas zonas com correntes fortes e ondulação elevada são ideais para a produção de energia elétrica. E o professor Tsumoru Shintake, do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade de Okinawa, viu aqui uma oportunidade.

Aproveitando que 30 por cento da costa está coberta de quebra-mares (em Okinawa, a sua terra natal, protegem a ilha da corrente marítima que vem de Taiwan), Shintake quer instalar turbinas com um diâmetro de 70 cm junto a estas estruturas. O eixo da turbina vai estar ligado a um gerador magnético que vai transformar a força das ondas em energia elétrica. O cientista japonês acredita que, usando apenas um por cento da área costeira do Japão, vai ser possível gerar 10 GW de energia, o equivalente à produção de 10 centrais nucleares. Agora imaginem se as tivéssemos na costa portuguesa.

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