“Mais de um milhão de organizações já foram afetadas em todo o mundo” por um novo malware, que continua a infetar dispositivos “a uma taxa muito maior” do que o perigoso Mirai.
Especialistas em comunicação online alertam que hackers desconhecidos comprometeram a segurança de mais de um milhão de dispositivos ligados à web e os transformaram num “botnet” massivo que poderia acabar com a Internet.
De acordo com a publicação, o novo malware continua a afetar dispositivos “a uma taxa muito maior” do que o botnet perigoso Mirai – que foi usado em ataques cibernéticos no ano passado. Os especialistas da empresa estimam que “mais de um milhão de organizações já tenham sido afetadas em todo o mundo”.
“A nossa pesquisa sugere que agora estamos a viver a calma antes de uma tempestade ainda mais poderosa. O próximo ciber-furacão está prestes a chegar“, lê-se no blog Check Point, um site dedicado a fornecer informações sobre ameaças cibernéticas.
Os bots de rede usam vulnerabilidades de segurança em dispositivos menores ligados à web, como frigoríficos inteligentes, termostatos e webcams, para executar ataques de Negação de Serviço Distribuído (DDoS) contra empresas, organizações ou infra-estruturas.
Os DDoS sobrecarregam os alvos do seu ataque com um excesso de tráfego na web e dados inúteis. Uma vez que isso acontece, os servidores não podem lidar com a enorme quantidade de pedidos. Os hackers usam códigos maliciosos – genicamente chamados de “malware” – que se infiltram na internet das coisas (IoT). Este conceito refere-se à interconexão digital de artefatos cotidianos, como webcams, gravadores digitais e até mesmo uma máquina de café, se estiver conectado à Rede.
Em 2016, o Mirai, um malware de “botnets” destinado a infectar computadores IoT, foi usado em ataques contra bancos russos, bem como contra dezenas de sites principais como Netflix, Reddit e Twitter.
A última campanha partilha alguns aspectos técnicos com o Mirai, mas é muito mais perigoso porque é capaz de “evoluir” para explorar vulnerabilidades em dispositivos conectados ao IoT e, em seguida, usar esses dispositivos para infectar outros.
“Esta é uma campanha completamente nova e mais sofisticada, que se está a espalhar rapidamente em todo o mundo. Descobriu-se que inúmeros dispositivos foram os primeiros alvos de ataque e depois reproduziram a infeção. Esses ataques provêm de diversos tipos de dispositivos e muitos países diferentes”, disse um porta-voz da Check Point
Uma investigação da empresa de segurança BullGuard, publicada no ano passado, estimou que cerca de 185 milhões de dispositivos podem ser vulneráveis a hackers tentando incorporá-los numa rede de rede, informa a Newsweek. O problema é agravado porque muitos fabricantes não consideram a segurança cibernética como uma prioridade na produção e comercialização de dispositivos inteligentes.
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