À primeira vista, ao assistir à curta-metragem de ficção científica Fraktaal, temos a impressão de que o seu criador se dedicou profundamente ao projecto. Nada mais errado.
A verdade é que o artista Julius Horsthuis precisou apenas de usar fractais e padrões matemáticos complexos num software 3D para conseguir a proeza.
A animação mostra detalhes complexos do que se parecem mundos alienígenas, cidades soberbas e maravilhosas paisagens de encher o olho, que nos fazem esquecer que estamos a assistir ao resultado do trabalho de um computador a debitar dados aleatórios com um algoritmo matemático.
“Fraktaal é uma curta de ficção científica, sem uma história“, diz Horsthuis, que explica que decidiu deixar o computador fazer todo o trabalho porque, nas suas palavras, “sou um animador preguiçoso”. E a verdade é que o computador não o deixou ficar mal.
Ainda assim, o resultado (acima) é surpreendente e mostra que, com o software certo e algum talento, é possível criar uma verdadeira obra de arte que pouco fica a dever a muitas curtas dos melhores estúdios de animação de Hollywood.
Depois do romance escrito por software que quase ganhou um prémio literário, já pouco mais parece poder surpreender-nos. O próximo grande êxito sci-fi, à distância de um click?
Fraktaal from Julius Horsthuis on Vimeo.
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