sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

No Vaticano pintam-se os edifícios com leite das vacas do Papa


Das várias soluções sustentáveis que o Vaticano tem encontrado desde que o Papa Francisco escreveu uma encíclica sobre ecologia, esta última põe de lado os químicos e faz uso do leite para pintar monumentos.

A sustentabilidade é a palavra de ordem no Vaticano. Conforme pediu o Papa Francisco em 2015, na encíclica “Laudato Si” (em português, “Louvado Seja”), o Vaticano está a adotar novas técnicas a favor de uma nova postura ambientalista.

Exemplo disso é o Palácio Belvedere, datado de 1484, que está atualmente a ser repintado. Restaurar construções históricas nada tem de estranho a não ser que, em vez de tinta, seja usado leite. O edifício está a ser pintado com a cor creme original, fazendo uso de uma técnica de restauro que já tem séculos de existência.

À CNN, Vitale Zanchettin diz que o leite, misturado com cal, está a ser aplicado à mão para que adquira, desta forma, a cor exata que foi utilizada no século XV. “Estas soluções envelhecem melhor”, explica o arquiteto-chefe do Vaticano, defendendo que esta técnica é mais eficiente e muito mais duradoura.

O leite é proveniente das vacas do próprio Papa Francisco, que são criadas na residência papal de verão, no Castel Gandolfo.

Além disso, o Vaticano está a estudar técnicas não agressivas do meio ambiente no que toca ao restauro das centenas de obras, estátuas e construções. Uma das mais recentes apostas é a utilização de óleos essenciais de orégão e tomilho para limpar e proteger os trabalhos feitos em mármore.

De acordo com a CNN, o Vaticano mantém um grupo permanente de 100 especialistas para as restaurações, preferindo sempre a ação humana à tecnológica – que tornaria o trabalho muito mais rápido.

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