Cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia desenvolveram uma rede neural artificial a partir de um DNA, capaz de realizar reconhecimento de padrões.
Uma equipa de cientistas da CalTech demonstrou que as cadeias de DNA podem ser usadas para o processamento de dados, através de reacções químicas, depois de criar algo que para todos os efeitos se pode chamar de “sopa inteligente molecular”.
O estudo foi publicado esta semana na revista Nature.
O “líquido molecular” criado pelos cientistas norte-americanos foi inserido num tubo de ensaio e literalmente ensinado a reconhecer 9 padrões distintos.
Um dos testes à inteligência artificial é ser capaz de reconhecer a caligrafia humana. Os investigadores personalizaram assim um conjunto de circuitos de DNA para funcionar como uma representação digital da caligrafia humana, ou seja, desenharam números de um a nove com DNA, criando a rede neural biomecânica.
Seguidamente, uma sequência de DNA específica foi então colocada no interior desta rede, fazendo com que a “sopa” fluorescesse de forma diferente em função dos diferentes padrões de DNA que estava a ler – ou seja, em função do número “identificado”.
Este é provavelmente o mais surpreendente trabalho no campo da genética desde que há um ano uma equipa de cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conseguiu armazenar um GIF dentro de bactérias E.coli.
Este tipo de rede neural pode ser desenvolvido para levar a inteligência artificial a um nível molecular, com aplicações nas mais diversas finalidades, em praticamente todas as áreas da ciência.
Fonte: ZAP
Sem comentários:
Enviar um comentário