Lançado há apenas cinco meses, o observatório espacial Tess encontrou sinais de exoplanetas pouco maiores que a Terra na órbita de duas estrelas em nossa vizinhança cósmica
Pouco mais de cinco meses após seu lançamento, o telescópio espacial Tess, da Nasa, já encontrou sinais de dois planetas extras solares. Ainda candidatos a exoplanetas, como estes objectos também são conhecidos, por necessitarem de observações adicionais pelo próprio Tess ou outros equipamentos para terem sua existência confirmada, eles tem tamanhos razoavelmente similares ao da Terra e orbitam estrelas na nossa vizinhança cósmica.
O primeiro dos planetas, segundo a Nasa de um tipo conhecido como “super-Terra”, orbita a estrela Pi Mensae, a cerca de 60 anos-luz de distância na direcção da constelação de Mensa. Com um “ano” de apenas 6,3 dias, ele está muito próximo da sua estrela, uma anã amarela cerca de 10% maior que nosso Sol, e por isso é extremamente quente.
Já o segundo planeta, ainda de acordo com a Nasa só “um pouco maior” que a Terra, orbita a estrela designada LHS 3844, a cerca de 49 anos-luz de distância. Do tipo conhecido como anã vermelha, a estrela é bem menor que nosso Sol. Isso não impede, no entanto, que este planeta também seja muito quente e sem condições de abrigar vida como conhecemos, já que seu “ano” dura apenas 11 horas, o que também significa que está muito perto dela.
Apesar disso, as descobertas ainda no início da missão empolgaram os responsáveis pelo Tess.
Precisamos esperar para ver o que mais o Tess vai descobrir – disse Sara Seager, vice-directora de Ciências da Nasa, à agência de notícias Reuters. - Sabemos que há muitos planetas lá fora, enchendo o céu nocturno, apenas esperando ser encontrados.
Lançado a 18 de abril último, Tess segue os passos do bem-sucedido observatório espacial Kepler. O novo telescópio “caça” planetas em torno de algumas das estrelas mais brilhantes e próximas de nosso Sistema Solar, em mais um passo na saga pela chamada “Terra 2”, um hipotético exoplaneta com dimensões e características parecidas como as do nosso que orbite uma estrela também similar ao Sol a uma distância equivalente à nossa, o que faria dele o mais provável de desenvolver ou sustentar a vida como conhecemos.
Os cientistas esperam que o Tess detecte mais de 1,6 mil exoplanetas na órbita das estrelas em seu foco.
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