A agência espacial norte-americana NASA lançou, este sábado, com sucesso o satélite ICESat-2, que irá medir as alterações no gelo polar da Terra com um detalhe sem precedentes, permitindo conhecer melhor os efeitos do aquecimento global.
O satélite descolou a bordo do foguetão Delta 2 da base militar de Vandenberg, na Califórnia, pelas 6.02 horas locais.
"Voa livre! Confirmada a separação do satélite do foguetão de lançamento", indicou a agência espacial na sua conta na rede social Twitter, minutos após o lançamento.
O novo satélite, que vai dar continuidade às observações iniciadas pelo seu antecessor, o ICESat-1, cuja missão terminou em 2009, está equipado com o instrumento 'laser' mais avançado para este tipo de observações, possibilitando medições com um "detalhe sem precedentes", de acordo com a NASA.
O ICESat-2 vai registar a alteração média anual da altura de gelo que cobre a Gronelândia e a Antártida, com uma margem de até quatro milímetros (largura de um lápis), obtendo 60 mil medições por segundo.
Segundo a NASA, o degelo na Gronelândia e na Antártida está a elevar em média o nível dos oceanos em mais de um milímetro por ano.
O satélite vai medir também as alterações na espessura e no volume do gelo do Oceano Ártico, cuja área diminuiu em 40% desde 1980.
Ao atravessar a Terra, de polo a polo, o engenho vai monitorizar a cota de gelo nas regiões polares quatro vezes por ano, fornecendo dados sobre as mudanças ocorridas sazonalmente.
O instrumento 'laser' com o qual o ICESat-2 está munido - o Sistema Avançado de Altímetro a Laser Topográfico (ATLAS, na sigla em inglês) - mede a altura cronometrando o tempo que fotões de luz demoram a viajar do satélite até à superfície da Terra e a voltar para trás.
Para a agência espacial norte-americana, os dados do ICESat-2 poderão contribuir para o avanço do conhecimento sobre o impacto do degelo na subida do nível do mar e no aumento da temperatura, efeitos das alterações climáticas.
O satélite está ainda preparado para medir a altura da superfície oceânica e terrestre, incluindo os topos das árvores das florestas (que, em conjunto com a informação existente sobre a área florestal global, possibilitam aos cientistas estimarem a quantidade de dióxido de carbono armazenada nas florestas).
Fonte: JN
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