quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Cientistas usam impressora 3D para criar ligamentos e tendões humanos


Usar uma impressora 3D pode parecer estranho quando o resultado é a impressão de um órgão humano. Por exemplo, podemos já usar uma impressora para imprimir a córnea do olho, para imprimir pele humana ou mesmo vasos sanguíneos.

Nos Estados Unidos uma equipa de engenheiros biomédicos da Universidade de Utah está a usar uma impressora 3D para imprimir ligamentos e tendões humanos.

Tecidos humanos impressos em impressora 3D

Cientistas da Universidade de Utah desenvolveram um método para imprimir células 3D com o objetivo de produzir tecido humano. No futuro este tecido humano será usado para “fabricar” ligamentos e tendões, levando a que sejam implantados em pacientes para uma recuperação muito mais rápida.

Atualmente, uma pessoa que tenha uma lesão grave num ligamento ou tendão, leva muito tempo para curar e mesmo assim poderá não ficar totalmente curada. Com esta técnica, os cientistas pretendem ter a possibilidade de remover o tecido gravemente danificado e implantar um novo que é impresso para ser usado na área afetada.

Isso permitirá que os pacientes recebam tecidos de substituição sem cirurgias adicionais e sem ter que colher tecido de outros locais.

Nos métodos atuais, o tecido de substituição pode ser colhido de outra parte do corpo do paciente ou, às vezes, de um cadáver, mas pode ser de baixa qualidade.



No caso dos discos da coluna vertebral, por exemplo, são estruturas complicadas, com interfaces ósseas que devem ser recriadas para serem transplantadas com sucesso. Esta nova técnica de impressão 3D poderá ser a solução para muitos destes tipos de problemas.

O método de impressão 3D, que levou dois anos para ser desenvolvido, envolve tirar células estaminais da própria gordura do corpo e imprimi-las numa camada de hidrogel para formar um tendão ou ligamento que, mais tarde, irá crescer in vitro numa cultura antes de ser implantado.

Contudo, ainda é um processo extremamente complicado porque esse tipo de tecido conjuntivo é composto de células diferentes com padrões complexos. Por exemplo, as células que compõem o tendão ou o ligamento devem então mudar gradualmente para as células ósseas, de modo que o tecido se possa unir ao osso.

Os cientistas referem que esta é uma técnica muito controlada para criar um padrão e organizações de células que a comunidade não poderia criar com tecnologias anteriores. Com esta nova técnica, os biomédicos poderão colocar as células muito especificamente onde entenderem.

Esta nova abordagem abre portas também para a impressão de outro tipo de tecidos, podendo ser alargada ao fabrico de órgãos.

Fonte: Pplware

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