Nos últimos 290 milhões de anos os asteroides começaram a cair com maior intensidade na Terra e na Lua. Após realizar várias análises, os investigadores já podem supor o que teria provocado essa mudança.
Nas últimas décadas os cientistas têm tentado determinar a frequência com que os asteroides atingem a Terra. Para isso eles determinavam a idade das crateras formadas pela colisão dos corpos celestes com o nosso planeta.
No entanto, é bastante difícil encontrar crateras na superfície terrestre que tenham mais de 290 milhões de anos de idade. Acreditava-se que as mais antigas simplesmente desapareceram devido a processos geológicos.
Para resolver esse enigma, os cientistas decidiram estudar "suas congéneres" lunares. De acordo com eles, a frequência com a qual os asteroides começaram a atingir a Terra e a Lua aumentou no mesmo período. Mas, visto que o nosso satélite não está tão sujeito a processos geológicos, nele se conservaram muitas crateras.
© NASA . NASA/LRO/USGS/UNIVERSIDADE DE TORONTO
Cientistas estimaram a idade de todas as crateras da Lua. Os pontos azuis marcam as crateras mais jovens, cuja idade não supera 290 milhões de anos. Elas representam a maioria dessas formações na superfície do satélite da Terra
Assim, usando a estação interplanetária Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA, eles determinaram que as crateras lunares mais antigas, formadas por asteroides, têm cerca de 1 bilião de anos. Não obstante, na Lua existem poucas dessas crateras. A idade da maioria delas não supera 290 milhões de anos, tal como as terrestres.
Segundo a suposição deles, os objectos espaciais, tais como asteroides, terão se tornado mais "activos" em resultado de uma colisão de corpos celestes no cinturão de asteroides entre as órbitas de Marte e Júpiter há 290 milhões de anos. Desde então, indicam, o número de asteroides que atingem a Terra e a Lua aumentou duas ou três vezes.
"Podemos dizer que, em tais condições o destino dos dinossauros estava predeterminado", destacou o autor do estudo, Thomas Gernon, da Universidade de Southampton (Reino Unido).
Fonte: Sputnik News
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