Cientistas chineses encontraram uma forma de fazer com que o cérebro humano controlasse a mente de ratos. Através de estímulos cerebrais de uma pessoa, estes animais conseguiram mover-se num labirinto.
As pessoas já conseguem controlar ciborgues de ratos com os seus cérebros. Cientistas da Universidade de Zhejiang, na China, publicaram recentemente um artigo na Nature no qual asseguram poder controlar estes animais através da mente humana.
No documento, os investigadores explicam que usaram elétrodos implantados no cérebro destes roedores, que nomearam de ratos ciborgues, e iniciaram uma série de treinos para que estes animais aprendessem que, ao receber um determinado estímulo cerebral, eles deveriam mover-se.
Depois destas experiências, os cientistas usaram um encefalograma para medir as ondas cerebrais humanas. O dispositivo foi também conectado a um computador e os impulsos foram sendo descodificados e transformados progressivamente para o cérebro do rato.
Com estes estímulos, os ratos ciborgues foram capazes de se movimento para a esquerda e para a direita, consoante os “comandos” humanos que recebiam. Para ir para a frente ou para trás, os cientistas usaram um estímulo visual, explica a Discover Magazine.
O primeiro teste envolveu um labirinto em forma de asterisco: se para um humano é uma tarefa fácil, para um rato nem tanto. Assim, cada animal foi estimulado para ir para uma das pontas do símbolo, passando pelo centro do asterisco. E, segundo os resultados da investigação, a tarefa foi um sucesso.
A pesquisa é muito relevante para a comunidade científica, e disso não há dúvidas. No entanto, há cientistas que consideram o uso do encefalograma pode não ser muito eficaz, uma vez que este exame mede a atividade elétrica no cérebro por meio do crânio.
Segundo Angus McMorland, engenheiro biomédico da Universidade de Auckland, isto significa que o crânio pode configurar uma barreira que pode afetar a qualidade do sinal. Na prática, o tempo de resposta entre o estímulo cerebral humano e o cérebro do rato pode ser afetado pela tecnologia adotada.
Além disso, a questão do controlo da mente de animais de outras espécies envolve muitas questões éticas. Apesar de estas conclusões poderem servir de base a estudos mais completos no futuro, a verdade é que é preciso ter em conta regras bem definidas de como esta tecnologia pode ser usada no futuro.
Fonte: ZAP
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